O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, pediu esta terça-feira desculpas depois de publicar nas suas redes sociais um vídeo em que o Supremo Tribunal Federal (STF), a máxima instância judicial no Brasil, era representado como uma hiena que o atacava.

O vídeo foi publicado e apagado da conta do Presidente brasileiro na segunda-feira e, ao ser questionado sobre o assunto durante uma visita oficial à Arábia Saudita, primeiro Jair Bolsonaro encerrou uma conferência de imprensa, mas depois disse que pediria desculpas em declarações exclusivas ao jornal brasileiro O Estado de S.Paulo.

Me desculpo publicamente ao STF, a quem por ventura ficou ofendido. Foi uma injustiça, sim, corrigimos e vamos publicar uma matéria que leva para esse lado das desculpas. Erramos e haverá retratação”, afirmou o Presidente brasileiro.

Jair Bolsonaro foi questionado sobre um vídeo publicado na sua conta da rede social Twitter, onde aparecia representado por um leão a ser atacado por hienas, que seriam seus adversários políticos, os media e instituições como o STF, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e até a Organização das Nações Unidas (ONU).

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No vídeo, o leão Bolsonaro é salvo por outro leão que representaria os eleitores conservadores que o apoiam. “Vamos apoiar nosso Presidente até [a]o fim e não o atacar. A oposição já faz isso”, dizia a mensagem divulgada no final do vídeo.

A publicação motivou uma tomada de posição do decano (juiz mais antigo) do STF, Celso de Mello, que enviou uma resposta aos meios de comunicação brasileiros afirmando que a publicação de Jair Bolsonaro tornava “evidente que o atrevimento presidencial parece não encontrar limites na compostura que um chefe de Estado deve demonstrar no exercício de suas altas funções”.

O vídeo que equipara, ofensivamente, o Supremo Tribunal Federal a uma hiena culmina, de modo absurdo e grosseiro, por falsamente identificar a Suprema Corte como um de seus opositores”, acrescentou.

O Presidente brasileiro realiza uma ronda diplomática que incluiu viagens ao Japão, China e aos Emirados Árabes, com o objetivo principal de aprofundar os laços do Brasil com agentes comerciais da Ásia e do Oriente Médio.