O Papa Francisco pediu esta quarta-feira às autoridades iraquianas que ouçam “o grito da população” que pede uma vida digna e pacífica, recordando as manifestações dos últimos dias que já causaram 84 mortes.

“Queridos irmãos e irmãs, os meus pensamentos voltam-se para o amado Iraque, onde os protestos durante este mês causaram inúmeras mortes e feridos“, disse Francisco na conclusão da audiência geral realizada na Praça de São Pedro, no Vaticano.

O Papa expressou o seu pesar pelas vítimas, pelas suas famílias e pelos feridos e convidou “as autoridades a ouvirem o grito da população a pedir uma vida digna e pacífica”.

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“Peço a todos os iraquianos, com o apoio da comunidade internacional, que sigam o caminho do diálogo e da reconciliação e busquem soluções para os desafios e problemas do país”, acrescentou.

Francisco também disse que ora “para que este povo tão atingido possa encontrar paz e estabilidade após anos de guerra e violência”.

As manifestações no Iraque começaram a 1 de outubro para exigir a “queda do regime”, quando se assinala o primeiro ano do novo executivo iraquiano, que implementou uma série de reformas económicas alvo de contestação.

A contestação decorreu até agora em duas fases. A primeira, entre 1 e 6 de outubro, provocou, segundo números oficiais, 157 mortos, quase todos manifestantes.

A segunda começou na quinta-feira à noite, após uma interrupção de 18 dias, por ocasião de uma importante peregrinação xiita e fez, até agora, 84 mortos.

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