Um mês e meio após o início do ano letivo, ainda há 11.250 alunos sem professor nas escolas portuguesas. Segundo o Correio da Manhã (CM), até esta terça-feira existiam ainda 225 horários a concurso, quase todos incompletos, através da Contratação de Escola. Os dados foram fornecidos por Vítor Godinho, responsável da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) pelos concursos.

As disciplinas que verificam maior falta de docentes são Informática (31 horários incompletos), Geografia (26 horários), Inglês do 1.ºciclo (22 horários), Educação Moral e Religiosa Católica (24 horários) e Inglês do 2.º e 3.º ciclo (15 horários). Destes horários, 131 são de mais de oito horas semanais.

“Lisboa e Setúbal continuam a ser os distritos com mais horários a concurso, mas temos a perceção de que o problema da falta de professores que começou o ano letivo passado está a alargar-se a todo o país. Há horários a concurso no Porto, Faro, Coimbra, Vila Real, Aveiro, Portalegre”, referiu Vítor Godinho ao CM.

Ainda este mês, quando também foi noticiado que ainda há milhares de alunos sem professores, alguns diretores disseram terem sido informados pelos professores durante os processos de contratação que iriam recusar o lugar porque não era economicamente viável, tendo em conta os elevados preços do mercado de arrendamento. Nesta altura, o Ministério da Educação respondeu à agência Lusa, dizendo não ter sido informado de qualquer “situação anómala ou de uma falta sistémica de docentes”.

Ministério nega “situação anómala” de alunos ainda sem professores

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