Dezenas de milhares de iraquianos concentraram-se esta sexta-feira na Praça Tahrir, em Bagdad, na maior manifestação desde que, há um mês, começaram os protestos contra o Governo e a corrupção.

A praça e as avenidas circundantes encheram-se de manifestantes com bandeiras, enquanto as forças de segurança reforçavam as barricadas em duas pontes que levam à Zona Verde, a sede do Governo, segundo relatou a Associated Press.

As manifestações no Iraque começaram no dia 01 de outubro para pedir a “queda do regime”, quando se assinala o primeiro ano do novo executivo iraquiano, que implementou uma série de reformas económicas alvo de contestação.

Mais de 200 pessoas já terão morrido nos protestos.

Esta sexta-feira, pelo menos 350 pessoas ficaram feridas quando as forças de segurança dispararam granadas de gás lacrimogéneo e balas de borracha para afastar os manifestantes das pontes.

A contestação decorreu até agora em duas fases. A primeira, entre 01 e 06 de outubro provocou, segundo números oficiais, 157 mortos, quase todos manifestantes.

A segunda começou na quinta-feira à noite, após uma interrupção de 18 dias, por ocasião de uma importante peregrinação xiita e fez, até agora, 82 mortos, de acordo com um balanço da comissão governamental de direitos humanos.

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