As forças de segurança iraquianas dispararam sobre uma multidão que tentava forçar a entrada no consulado iraniano da cidade religiosa de Kerbala, matando três pessoas, de acordo com a agência Reuters, que cita fontes de segurança e de saúde. Há ainda 12 feridos, incluindo forças de segurança, segundo o Alto Comissariado do Iraque para os Direitos Humanos (IHCHR, em inglês), uma entidade regulatória estatal, mas independente do Governo.
Os manifestantes queimaram pneus e entoaram cânticos defendendo que Kerbala se mantivesse livre do Irão. O IHCHR diz que a multidão tentou invadir o consulado, mas as forças de segurança vão mais longe, garantindo que tentaram incendiá-lo.
Este é o mais recente episódio de violência no Iraque, depois de no sábado as forças de segurança iraquianas terem disparado sobre milhares de manifestantes. O maior protesto teve lugar na capital, Bagdad, onde morreu uma pessoa e 88 ficaram feridas, segundo a Associated Press. Os manifestantes aproximavam-se da Zona Verde, onde se encontra a sede do Governo iraquiano e várias embaixadas, incluindo a norte-americana.
Na cidade de Umm Qasr, no sul do país, 120 pessoas ficaram também feridas, depois de confrontos entre manifestantes e autoridades.
Dezenas de milhares de iraquianos na maior manifestação desde o início dos protestos
As manifestações começaram a 1 de outubro, quando se assinalou o primeiro ano do novo Governo. Dezenas de milhares de iraquianos, descontentes nomeadamente com a falta de combate à corrupção e ao desemprego, têm protestado desde então, exigindo a queda do regime. As autoridades iraquianas têm reagido com violência. No total, morreram 250 pessoas no espaço de um mês.