Os netos do antigo ditador espanhol controlam atualmente um conjunto de empresas que acumulam um valor líquido de 102.5 milhões de euros e englobam 258 propriedades. Entre estas estão um palácio, 22 casas, 195 lugares de estacionamento e 29 quintas. A investigação foi feita e avançada pelo jornal espanhol El País.

Em dezembro, quando a única filha e herdeira de Francisco Franco,  Carmen Franco, morreu aos 91 anos, a responsabilidade de gerir o negócio passou para os seus filhos. Casada com Cristóbal Martínez-Bordiú, Carmen teve sete filhos — Carmen, Francis, Mariola, Maria do Mar, José Cristobal, Jaime e Arancha.

Os sete netos de Franco dividem agora entre si o negócio começado pela família há anos. A fatia do mercado imobiliário inclui um palácio, 22 casas, 195 parques de estacionamento, 29 quintas, cinco estabelecimentos comerciais e três propriedades agrícolas. Enquanto estão focados neste ramo, os netos dedicam-se ainda a atividades desconhecidas, escreve o jornal espanhol. Empresas de relações públicas, centros de dia ou hotéis fazem também parte do império.

Francis Franco Martínez-Bourdiú é quem detém a maior fatia do negócio da família Franco, acumulando um património líquido de 44.7 milhões de euros. O neto mais poderoso de Franco possui 225 propriedades, mas é nos parques de estacionamento que reside o seu poder. Tem 193 espaços no coração de Madrid explorados por três empresas.

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Contactado pelo El País, Francis recusou-se a desvendar os seus negócios e evitou responder a perguntas sobre as empresas que possui no estrangeiro. Segundo o jornal espanhol, Francis comanda também empresas de compra de tabaco na República Checa, Roménia e Eslováquia.

A segunda mais poderosa do clã é Mariola, que através das imobiliárias CM 16 e Domarma 3 SL detém um património líquido de 15 milhões de euros.  Os restantes netos, para além de Carmen, que tem três quintas, concentram as suas posses na estrutura de comércio da família.

A origem da herança continua sem ser clara, mas o executor da família, Luis Felipe Utrera-Molina, aponta para a mulher de Franco, Carmen Polo. “A família Polo era muito rica”, disse o advogado ao El País, descrevendo Francisco Franco como um homem com integridade e desprovido do pecado capital da ganância.