Agora com sinal reforçado em Lisboa 98.7 FM No Porto 98.4 FM País / Porto Seguir Homem do Porto acusado de maltratar e roubar avô nega tudo em tribunal Um homem de 34 anos foi acusado de um crime de maus tratos e outros de furto qualificado a avô octogenário. Em tribunal, o arguido negou tudo. "Estou de consciência tranquila", disse. Agência Lusa Texto 06 Nov 2019, 15:54 i ▲Ao invés de cuidar da vítima, o arguido ter-lhe-à subtraído, desde abril de 2015 e ao longo de dois anos, os montantes que a Segurança Social lhe pagava, 497,24 euros mensais a título de pensão de velhice, e 184,37 mensais relativos a pensão de sobrevivência ESTELA SILVA/LUSA ▲Ao invés de cuidar da vítima, o arguido ter-lhe-à subtraído, desde abril de 2015 e ao longo de dois anos, os montantes que a Segurança Social lhe pagava, 497,24 euros mensais a título de pensão de velhice, e 184,37 mensais relativos a pensão de sobrevivência ESTELA SILVA/LUSA Um homem de 34 anos acusado de roubar o avô octogenário e de o maltratar disse em tribunal que todas as imputações que lhe fazem são “mentira”.“Estou de consiciência tranquila. Fiz o melhor que pude. Tudo o que está na acusação é mentira”, afirmou o arguido perante um coletivo de juízes do tribunal criminal de São João Novo, no Porto. Segundo o Ministério Público (MP), o arguido, que está acusado de um crime de maus tratos e outros de furto qualificado, eximiu-se sempre à “responsabilidade moral e jurídica” que tinha assumido de cuidar do ofendido. Ao invés, ter-lhe-á subtraído, desde abril de 2015 e ao longo de dois anos, os montantes que a Segurança Social lhe pagava, 497,24 euros mensais a título de pensão de velhice, e 184,37 mensais relativos a pensão de sobrevivência.Em resultado da conduta do arguido, os fornecimentos de água e luz à casa do idoso foram cortados por falta de pagamento, o mesmo sucedendo com o fornecimento de refeições ao domicílio, um serviço que era prestado pelo Centro Social e Paroquial de Cedofeita, ainda segundo o MP.A técnicos do Serviço Social, o ofendido ter-se-à queixado de nada ter comido ao longo de um dia e de dores no estômago. “Ia sempre a casa dele e nunca o deixei com fome”, contrapôs o arguido.Segundo o MP, face ao agravamento dos seus problemas de saúde do idoso, foi emitido mandado para ser internado compulsivamente. Mas, nada data prevista para esse internamento, em 11 de abril de 2017, o idoso não estava em casa.As autoridades encontraram-no dois dias depois, em casa do neto.Quando finamente foi para um lar, no Caramulo, distrito de Viseu, estava já muito débil e morreu pouco depois, em 29 de abril de 2017, tinha então 88 anos.