Os gastos diretos das famílias em saúde cresceram em Portugal entre 2009 e 2017 e já representavam 28% das despesas nacionais em saúde, além de ter aumentado o número de portugueses com seguros privados de saúde.

Segundo o relatório “Health at a Glance 2019”, divulgado esta quinta-feira pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), em 2017 eram já 27% os portugueses que tinham um seguro privado de saúde, quando em 2000 não chegavam a 20%.

Os pagamentos do “próprio bolso” (‘out of pocket’) feitos pelos portugueses representavam em 2017 um valor de 28% do total de gastos em saúde. Em contrapartida, o Estado assume 65% da despesa nacional com saúde. Segundo a análise da OCDE, em 2003 os gastos diretos das famílias com saúde (dos quais se exclui o pagamento de impostos) representavam pouco mais de 20%.

O documento da OCDE traça ainda uma estimativa sobre a evolução da despesa em saúde em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), com projeções a 2030. Para Portugal é projetado um crescimento de 2% ao ano até 2030, atingindo nesse ano a despesa em saúde 9,1% do PIB.

Entre 2000 e 2015, o crescimento da despesa em saúde foi globalmente inferior a 1% ao ano, muito afetado pela crise económica e financeira.

Segundo o relatório “Health at a Glance”, durante a última década, a população que optou por acrescentar à sua cobertura de saúde um seguro privado aumentou em 18 dos 27 países da OCDE.

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