A remuneração bruta mensal média por trabalhador aumentou 3% no terceiro trimestre de 2019, em relação ao mesmo período de 2018, e a componente regular daquela remuneração aumentou 2,8%, atingindo respetivamente 1.220 e 1.039 euros.

Estes resultados, divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), referem-se a cerca 4,2 milhões de postos de trabalho, correspondentes a beneficiários da Segurança Social e, pela primeira vez, a subscritores da Caixa Geral de Aposentações (CGA).

Em termos reais, tendo como referência a taxa de variação negativa do Índice de Preços do Consumidor, a remuneração bruta mensal média por trabalhador aumentou 3,2% e a componente regular aumentou 3%.

Nos últimos quatro anos, a remuneração bruta mensal regular aumentou acima da média (7,3%) no setor de bens ou serviços transacionáveis (11,3%) e no dos não transacionáveis mercantis (7,8%). No setor dos não transacionáveis não mercantis, que integra as Administrações Públicas, o aumento foi 6,8%. Naquele setor, refere o INE, a remuneração regular mantém-se persistentemente superior à média da economia (em cerca de 28% em setembro de 2019), refletindo em larga medida a diferente composição dos seus recursos humanos.

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O INE salienta que nos últimos dois anos se tem assistido “a alguma convergência” nas taxas de crescimento registadas nos três setores.

A remuneração bruta mensal por trabalhador corresponde ao rácio entre o somatório do volume de remunerações pago pelas empresas e o total de trabalhadores nessas empresas. De acordo com o INE, a sua evolução reflete variações no volume das remunerações pagas (como, por exemplo, o pagamento de bónus, de subsídio de férias ou de trabalho suplementar), mas também no número de trabalhadores e na sua composição.

A informação divulgada pelo INE é feita com base nas declarações das empresas à Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações (CGA).