O primeiro-ministro afirmou esta quinta-feira, em Estocolmo, no início do encontro com o seu homólogo sueco, Stefan Löfven, que Portugal tem uma posição “construtiva e moderada” para resolver o impasse negocial sobre o próximo Orçamento da União Europeia.

António Costa assumiu esta posição em declarações aos jornalistas, momentos antes de iniciar um jantar de trabalho com o primeiro-ministro sueco, também ele da “família” política socialista e social-democrata europeia, mas que apoia a proposta de Orçamento comunitário (QFP) pós-2020 da presidência finlandesa, a qual o Governo português considera “inaceitável”.

O primeiro-ministro português começou por referir que uma larga maioria de Estados-membros se aproxima muito das posições defendidas pelo Parlamento Europeu, que defende um aumento das contribuições para 1,3% do Rendimento Nacional Bruto por parte de cada país.

Depois, segundo António Costa, no lado oposto, “há um conjunto de quatro países com uma posição mais restritiva, sendo que a proposta finlandesa está um pouco acima desta mais restritiva, mas aquém da Comissão Europeia (1,16%)”.

Neste quadro de divergência, de acordo com António Costa, “Portugal tem procurado ser um país construtivo e moderado nesse debate, de forma a garantir o essencial”.

“É importante termos recursos para financiar as novas políticas que a União Europeia quer assumir, mas sem sacrificar as políticas de coesão e agrícola, em especial o segundo pilar da política agrícola que tem a ver com o desenvolvimento rural. Este é um debate que vai prosseguir”, declarou o primeiro-ministro.

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