As instituições de ensino superior de Macau anunciaram esta sexta-feira que vão aceitar estudantes do território em Hong Kong que regressem temporariamente à Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) e pretendam continuar a estudar.

As sete instituições de ensino superior de Macau vão aplicar medidas especiais para que os estudantes locais em Hong Kong “possam regressar temporariamente” à RAEM para continuarem os estudos, de acordo com um comunicado oficial.

A mesma nota indicou que a decisão foi tomada depois de “o governo de Macau ter ativado de imediato o mecanismo de emergência”, na sequência do regresso a Macau de “muitos estudantes” do território que suspenderam os estudos em Hong Kong.

As sete instituições de ensino superior, Universidade de Macau, Instituto Politécnico ce Macau, Instituto de Formação Turística de Macau, Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau, Universidade Cidade de Macau, Universidade de São José e Instituto de Enfermage Kiang Wu de Macau, concordaram em aceitar o regresso dos estudantes e “vão divulgar, mais tarde, as medidas concretas”.

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Em Hong Kong, manifestantes antigovernamentais vestidos negro continuavam esta sexta-feira a ocupar vários campus universitários, enquanto pelo quinto dia consecutivo várias estradas estão bloqueadas, obrigando à suspensão dos transportes públicos.

A região administrativa especial chinesa vive há cinco meses a pior crise política desde a transferência de soberania do Reino Unido para a China em 1997, com manifestações e ações violentas quase diárias. A violência também aumentou, na sequência de duas mortes ligadas às manifestações durante esta semana.

As manifestações em Hong Kong começaram em junho, após uma proposta de emendas a uma lei de extradição, já retirada pelo Governo. Ao longo do processo, os manifestantes alargaram o seu caderno reivindicativo a outras matérias, como a amnistia ou o voto popular do chefe do executivo.