O número de pré-avisos de greve até outubro foi o mais alto dos últimos quatro anos, totalizando 781, segundo dados da Direção Geral do Emprego e das Relações do Trabalho (DGERT).

Entre janeiro e outubro deste ano entraram no Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social 781 pré-avisos de greve, um número que supera o total do registado no conjunto dos anos de 2018 (733), de 2017 (613) e de 2016 (488).

No mês das eleições legislativas, realizadas em 6 de outubro, o número de pré-avisos de greve atingiu 93, contra 83 no mesmo mês do ano anterior, sendo o mais alto desde 2012, ano em que o mês de outubro registou 464 pré-avisos.

É preciso recuar a 2015 para encontrar um número mais elevado de pré-avisos de greve comunicados (811) do que o registado entre janeiro e outubro de 2019. Porém, os números estão longe do verificado em 2012 e 2013, durante o governo de Pedro Passos Coelho, em pleno programa de ajustamento, quando atingiram 1.895 e 1.534, respetivamente.

Do total de greves comunicadas até outubro deste ano, a maioria (605) ocorreu fora do âmbito do setor empresarial do Estado.

O mês mais “quente” foi junho, com um total de 180 pré-avisos comunicados, seguindo-se março (113) e outubro (93). Já os meses em que houve menos greves foram setembro (23) e agosto (22).

Até outubro, foram abertos 179 processos de serviços mínimos, tendo sido decretados 81 por acordo, 26 por decisão arbitral e 72 por despacho.

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