Um homem de 50 anos que começou esta terça-feira a ser julgado no Tribunal de Aveiro por ter agredido com um machado um cunhado, seu vizinho, confessou o crime, mas disse que não tinha intenção de matar.

“Só o queria assustar”, disse o arguido, no início do julgamento em que responde por um crime de homicídio na forma tentada.

O homem está ainda acusado de um crime de violência doméstica e outro de coação na forma tentada, de que terão sido vítimas, respetivamente, a própria mãe de 82 anos, com quem vive em Águeda, e uma sobrinha. Perante o coletivo de juízes, o arguido negou as acusações de violência doméstica contra a mãe, admitindo apenas ter ameaçado com um machado a sobrinha, que tinha ido lá a casa ajudar a idosa a lavar a roupa, para ela se ir embora.

O homem, que se encontra em prisão preventiva, foi detido em fevereiro de 2019, após ter atingido o cunhado com um golpe de machado na cabeça, junto à sua residência, em Arrancada do Vouga, no concelho de Águeda. A tragédia não foi maior, porque o filho do ofendido que assistiu à cena agarrou o arguido, fazendo com que largasse o machado e imobilizando-o até à chegada da GNR.

De acordo com a acusação do Ministério Público (MP), alguns meses antes deste episódio, o arguido chegou a atirar, em duas ocasiões distintas, um cutelo de cozinha na direção do cunhado, não lhe acertando.

O MP diz ainda que o homem injuriou e agrediu a mãe que sofre de demência e outros problemas de saúde, puxando-lhe os cabelos e apertando os braços, pelo facto de esta não lhe dar dinheiro quando lhe pedia.

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