O Presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, assegurou esta terça-feira ao Fundo Monetário Internacional (FMI) que o país vai cumprir com os compromissos em matéria de dívida, mas rejeitou aplicar mais ajustes fiscais.

“Desenvolvemos um plano sustentável que nos vai permitir crescer e cumprir com as obrigações que a Argentina tem convosco e com o resto dos credores”, afirmou o peronista, numa conversa telefónica com a nova diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva.

“Mas é meu dever antecipar que, na situação em que se encontra a economia argentina, é difícil proporcionar um ajuste maior. Não podemos fazer mais ajustes fiscais porque a situação é de uma complexidade enorme, o nível de ajustes na era Macri foi enorme”, disse.

O Governo liderado pelo Presidente cessante, Mauricio Macri, assinou no ano passado um acordo com o FMI para um empréstimo no total de 56.300 milhões de dólares (50.900 milhões de euros), dos quais já foram entregues 44.000 milhões.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Um desembolso de 5.400 milhões de dólares, previsto inicialmente para setembro, ficou congelado à espera das eleições presidenciais, que decorreram no final de outubro e tiveram como vencedor o peronista Alberto Fernández.

O Presidente eleito foi um crítico desse acordo.

A nova diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, já felicitou Fernández pela vitória e manifestou-se disponível para trabalhar com o novo Governo e “enfrentar os desafios económicos” do país, que está em recessão há um ano e meio.