Agora com sinal reforçado em Lisboa 98.7 FM No Porto 98.4 FM Mundo / Hong Kong Seguir Pequim: resolução do Congresso dos EUA aos protestos em Hong Kong é incentivo a criminosos O Congresso dos EUA aprovaram uma resolução que apoia a democracia e os direitos humanos em Hong Kong e ameaça agora levantar regalias da ex-colónia britânica. Pequim não gostou nada. Agência Lusa Texto 21 Nov 2019, 12:12 i ▲O texto, que põe em causa o estatuto comercial de que beneficia atualmente a região administrativa especial chinesa, ainda não foi assinado pelo Presidente JEON HEON-KYUN/EPA ▲O texto, que põe em causa o estatuto comercial de que beneficia atualmente a região administrativa especial chinesa, ainda não foi assinado pelo Presidente JEON HEON-KYUN/EPA O ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, considerou esta quinta-feira a aprovação pelo Congresso norte-americano de uma lei de apoio à democracia e aos direitos humanos em Hong Kong como um “incentivo a criminosos violentos”.O objetivo deste texto é “causar estragos ou até destruir Hong Kong”, acusou Wang Yi, num comunicado divulgado pelo seu ministério. Também o porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros afirmou esta quinta-feira que a China está pronta a “reagir com determinação” e exigiu ao Presidente norte-americano, Donald Trump, que vete a legislação. “Nós condenamos e opomo-nos veementemente” a esta iniciativa, que “mina os interesses da China e dos EUA”, na região semiautónoma chinesa, disse Geng Shuang. “Se os EUA continuarem a tomar medidas erradas, a China de certeza tomará fortes contramedidas”, avisou Geng. O Congresso norte-americano aprovou na quarta-feira uma resolução que apoia os “direitos humanos e a democracia” em Hong Kong e ameaça suspender o estatuto económico especial concedido por Washington à antiga colónia britânica, que é há quase seis meses palco de manifestações antigovernamentais, cada vez mais violentas.O texto, que põe em causa o estatuto comercial de que beneficia atualmente a região administrativa especial chinesa, ainda não foi assinado pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, mas a Casa Branca não ameaçou vetar. A votação surge numa altura em que as duas maiores potências mundiais negoceiam uma saída para a guerra comercial. “Os Estados Unidos estão convosco e sempre vos apoiarão”, disse Michael McCaul, membro eleito da minoria republicana na Câmara dos Representantes, denunciando “a brutalidade” da China.Questionado sobre o risco de aquela votação prejudicar as negociações, o porta-voz chinês disse esperar que Washington “trabalhe com o lado chinês para encontrar soluções”. “Ninguém deve subestimar a determinação da China em salvaguardar a sua soberania nacional, segurança e interesses de desenvolvimento”, apontou Geng.O Congresso aprovou a resolução com 417 votos a favor e um contra, após a adoção unânime pelo Senado, na terça-feira passada. A votação levou a China a ameaçar com retaliação. As duas câmaras do Congresso também aprovaram uma medida que prevê a proibição da venda de granadas de gás lacrimogéneo, balas de borracha e outros equipamentos antimotim utilizados pela polícia de Hong Kong para reprimir manifestações.