“E se o obrigassem a trabalhar 12 ou mais horas não remuneradas? Deixava andar?” Esta é uma das muitas perguntas que a Fenprof propõe fazer aos portugueses, através de uma campanha de sensibilização que irá correr o país de Norte a Sul. O objetivo é sensibilizar os cidadãos para alguns dos problemas que afetam a classe docente e para os quais a federação de sindicatos de professores tem vindo a alertar e a pedir respostas ao Ministério de Educação.

“O Ministério de Educação e o Governo, contudo, refugiam-se num silêncio insuportável, permitindo a muita ilegalidade existente e que atinge os docentes, sendo, hoje, uma das principais causas do elevado desgaste profissional a que estão sujeitos e a elevados índices de exaustão emocional”, defende a Fenprof numa nota de imprensa enviada às redações.

As perguntas ganharam a forma de pendões e outdoors e falam de temas que fazem parte do caderno reivindicativo da Fenprof, como o sobretrabalho que motivou uma greve durante o ano letivo passado e que se prolongou para o atual, com início em outubro passado.

Os posters espalhados por todo o país lançam quatro perguntas

A federação liderada por Mário Nogueira explica que são quatro as questões que gostava de saber se o cidadão comum aceitaria ou não na sua vida profissional — que “desvalorizassem a sua profissão, desmerecendo a sua formação; o obrigassem a fazer tarefas que nem são suas, nem são prioritárias; obtivessem resultados sem as condições de trabalho necessárias (de edifícios, de materiais, de equipamentos, de tempo…); lhe impusessem, para além do horário legal estabelecido, mais 12, 13, 15 ou mais horas de trabalho semanalmente”.

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Também está a correr um vídeo nas redes sociais da Fenprof — Facebook e Twitter — onde o sindicato faz um resumo das principiais queixas dos professores portugueses sobre as suas condições de trabalho.