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Exército e polícia dispersam manifestação-funeral com bombas de gás lacrimogéneo

Este artigo tem mais de 4 anos

Manifestantes indígenas, que carregavam caixões com os corpos de familiares e amigos mortos em protesto, foram dispersados violentamente esta quinta-feira, em La Paz, com gás lacrimogéneo.

O cortejo fúnebre partiu de El Alto, a segunda maior cidade da Bolívia, maioritariamente indígena, em direção à capital La Paz, a 11 km de distância
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O cortejo fúnebre partiu de El Alto, a segunda maior cidade da Bolívia, maioritariamente indígena, em direção à capital La Paz, a 11 km de distância

Getty Images

O cortejo fúnebre partiu de El Alto, a segunda maior cidade da Bolívia, maioritariamente indígena, em direção à capital La Paz, a 11 km de distância

Getty Images

Milhares de pessoas foram esta quinta-feira, dia 21, dispersadas violentamente durante uma manifestação pacífica na capital da Bolívia, com bombas de gás lacrimogéneo lançadas por polícia e exército.

Os manifestantes, indígenas e apoiantes de Evo Morales, vinham em marcha desde El Alto, a cidade a 11 km de La Paz onde dois dias antes pelo menos oito pessoas tinham morrido, baleadas com armas de fogo, e outras 30 tinham ficado feridas, na sequência da intervenção do exército e da polícia para por cobro ao bloqueio que impedia a passagem de camiões-cisterna carregados de combustível para a capital.

Os manifestantes, que agitavam bandeiras “wiphala”, o padrão indígena colorido que o então presidente Evo Morales quis elevar a bandeira nacional e que hoje é símbolo da divisão do país, transportavam consigo cinco caixões, com os corpos de cinco das oito vítimas mortais de El Alto. Mas nem isso fez com que a resposta das forças de segurança afetas à auto-proclamada presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, fosse menos violenta.

Só quando os manifestantes, aos gritos de “Justiça! Justiça!”, se aproximaram das imediações do Parlamento, onde estava em debate a marcação de novas eleições, é que a polícia e o exército investiram contra a manifestação-funeral.

Recorde-se que Evo Morales, no poder na Bolívia desde 2006, foi acusado em outubro de fraude eleitoral, depois de a transmissão em direto dos resultados das presidenciais de 20 de outubro ter sido bruscamente interrompida, numa altura em que tudo indicava uma segunda volta entre ele e Carlos Mesa, para só ser retomada um dia mais tarde — com a notícia da sua vitória, à justa, afinal logo na primeira volta.

Sem o apoio da polícia e do exército, o então presidente, de origem indígena, não teve outra opção senão resignar ao cargo, seguindo para o exílio no México, de onde tem gritado acusações de golpe de Estado contra a oposição e o exército.

A senadora Áñez, uma advogada de 52 anos que,como presidente interina do país, deveria estabelecer um governo de transição e marcar novas eleições, está a causar polémica por estar a preparar um decreto que isentará de qualquer responsabilidade penal polícias e militares que atuem “em legítima defesa”. “É uma alteração legal que na prática dará às forças da ordem ‘licença para matar’ em situações de confrontos com manifestantes”, traduz o jornal El Español.

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