JAK Shoes

Rua de Santa Catarina, 28 (Porto). De segunda a domingo, das 10h às 20h

Fundada em Lisboa, esta marca portuguesa de ténis minimais acaba de rumar ao Porto para abrir a primeira flagship store. Como já seria de esperar, os ténis viraram sapatilhas e o novo espaço, o primeiro da marca à exceção de um corner na Embaixada, no bairro do Príncipe Real, está ao nível das mais internacionais e cosmopolitas obras de arquitetura e design. E não é por acaso. O projeto é assinado por Tiago Silva Dias, responsável pelo restaurante Alma, do chef Henrique Sá Pessoa.

Em plena baixa do Porto, a qualidade dos materiais, nomeadamente das peles, e o made in Portugal continuam a ser as bandeiras desta marca que pretende posicionar-se num segmento de luxo. A simplicidade do design faz com que praticamente todos os modelos sejam unissexo. A JAK nasceu em 2014, pelas mãos de José Maria Reffóios e de Isabel Henriques da Silva, embora tenha sido nos últimos três anos que os dois sócios viram as vendas multiplicadas por dez. A abertura da loja no Porto inaugura assim um novo capítulo de expansão. Daqui para a frente, os objetivos são ambiciosos e incluem aberturas fora do país.

Parlamento

Rua de São Bento, 90 (Lisboa). De segunda a sábado, das 11h às 19h

Sem debates quinzenais, campainhas ou brigadas de homens de fato, esta loja é uma espécie de catedral do streetwear. Junto à Assembleia da República, foi difícil fugir ao nome, sem bem que as afinidades ficam por aí. Quer dizer, há uma mão cheia de marcas internacionais que convivem democraticamente no mesmo espaço. A Parlamento abriu há cerca de um mês e conta com uma seleção de peças especiais de nomes como a Stussy, a Onitsuka Tiger, a Comme des Garçons e a Converse. Quem gere o negócio é versado neste estilo, afinal falamos dos representantes da norte-americana Carhartt, também ela presente na loja, em Portugal.

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© Instagram.com/parlamento.lisboa/

Becara

Avenida 24 de Julho, 3 G (Lisboa). De segunda a domingo, das 10h às 14h e das 15h às 19h

Não nos lembramos todos os dias, mas Lisboa continua a ter o seu design district, um eixo entre o Cais do Sodré e Santos que acolhe marcas de peso no que à decoração e aos interiores diz respeito. Agora, o bairro soma mais uma loja. Vinda diretamente de Madrid e depois de uma rápida passagem pelo El Corte Inglés, a Becara acaba de abrir a primeira loja de rua em solo europeu e fora de Espanha.

O acolhimento que proporciona, sobretudo num dia frio e cinzento, é o primeiro cartão-de-visita. Para a capital portuguesa a marca, fundada em 1964 pela curiosa Begoña Zunzunegui, trouxe uma amostra dos ambientes de fusão, dos seus móveis de construção complexa (combinando, por vezes, trabalhos em ferro, pedra e madeira) e dos pequenos objetos (loiças de mesa incluídas) que podem muito bem figurar numa lista de presentes de Natal. A diversidade de texturas convida a tocar em cada peça, sejam os ferros forjados, as madeiras quase em estado bruto, as cerâmicas irregulares ou o acabamentos — ora macios, ora ásperos — de estofos, almofadas e mantas.

A mesa continua a ser o elemento central na casa Becara. Multiplica-se em materiais e acabamentos e, à semelhança de todas as peças de mobiliário, continuam a ser produzidas nas oficinas da marca em Madrid. Pelo meio existem algumas antiguidades (ainda mais em catálogo do que na loja) e telas pintadas por uma artista espanhola, em exclusivo para a Becara. Denise Prino é mais do que uma gerente. Acompanha de perto os projetos de interiores desenvolvidos na casa, mas também pega no lápis e no pincel sempre que um cliente precisa que alguém lhe faça um desenho. São esquiços feitos na hora, uma espécie de cereja no topo do bolo para quem, familiarizado com marca espanhola, entra surpreendido com a nova abertura.

Hello, Bonfim

Rua Joaquim António de Aguiar, 72 (Porto). De segunda a sábado, das 11h às 19h

Tudo leva a crer que este é o próximo bairro trendy da invicta. A reforçar a tendência, acaba de abrir a Hello, Bonfim, uma loja pouco convencional que quer servir de montra a pequenas marcas portuguesas de autor. Da moda à decoração, passando pela joalharia e pela ilustração, o conceito gira em torno de um calendário de pequenas residências. Criteriosamente selecionados, os projetos têm a oportunidade de alugar um pequeno espaço dentro da loja — durante um mês ou por apenas 15 dias — e de se darem a conhecer.

Com a inauguração, há menos de uma semana, arrancou a primeira pop-up da Hello, Bonfim. Até 30 de novembro, quatro marcas servem de chamariz a quem passa. De todas, a Far Afield é a menos portuguesa, embora o seu criador, de nacionalidade britânica, tenha feito do Porto uma casa. Assente na premissa de um guarda-roupa masculino citadino e minimal, a marca ocupa o espaço com um stock-off de antigas coleções e os descontos chegam aos 70%. O mobiliário e a decoração ficam a cargo da Pedras & Pêssegos, casa especializada em peças de época e em design nórdico. A Green’n Growth leva o verde para dentro da loja e aposta nas kokedamas para criar ambiente. O quarteto fica completo com a Cave Original, projeto de ilustração e serigrafia de Rita Salgado, que também interveio na montra da loja.

Mas a agenda portuense não dá tréguas e já se prepara o alinhamento para o mês de dezembro. A lotação permite ter entre cinco e seis marcas, todas elas em linha com o caráter experimental deste espaço. A loja acaba por marcar a diferença face aos projetos que já existem na cidade. Sem consignações nem comissões, o objetivo é também proporcionar aos criativos a experiência de ter um ponto de venda físico e ainda proporcionar a descoberta de novos projetos portugueses.

Pequeno Jardim

Lx Factory, Rua Rodrigues Faria, 103 (Lisboa). De segunda a sábado, das 10h às 20h, e domingo, das 10h às 18h

É a florista mais histórica de Lisboa, há quase 100 anos instalada na Rua Garrett, em pleno Chiado. Agora, o Pequeno Jardim ganhou uma versão bem mais contemporânea e levou uma flower truck para a Lx Factory. O veículo em questão é um modelo Citroën dos anos 70 e tem feito as delícias de dezenas de instagrammers. À seleção de plantas em vaso junta-se a habitual oferta de flores. Não faltam as rosas, os cravos e os girassóis, naquele que é o novo comité de boas-vindas para quem entra no complexo de lojas, escritórios, ateliers e restaurantes de Alcântara. Uma coisa é certa: nunca esta carripana tinha tido dias tão coloridos.

© Instagram.com/joanapaixaobras

Flamingos Vintage Kilo

Rua dos Douradores, 168 (Lisboa). De segunda a sexta, das 10h às 19h30, e sábado e domingo, das 11h às 19h30

Há um armário americano em plena baixa lisboeta, onde a roupa é vendida ao quilo. A Flamingos Vintage Kilo abriu há cerca de um mês e promete proporcionar uma viagem no tempo. Como? Através de blusões coloridos, camisolas de lã cheias de informação e botas texanas com muita atitude, para não falar na seleção de gangas. A roupa pode vir dos Estados Unidos, mas a loja é espanhola e quer agora conquistar o país vizinho com uma curadoria de moda em segunda mão. Os preços variam entre 13, 24 e 39 euros por um quilo de roupa.

© Instagram.com/flamingosvintagekilolisboa

Kinda

Oeiras Parque (Oeiras). De segunda a domingo, das 10h às 23h

Depois de tantas romarias ao Porto, a Kinda desceu finalmente até Lisboa para abrir a sua segunda loja. No Oeiras Parque, a marca portuguesa de mobiliário e decoração ocupa agora 550 m2, inaugurando um novo conceito de espaço. Mais pequena, esta é a primeira Boutique Kinda, mas a marca já anunciou que planeia outras aberturas. O interior da loja foi projetado por Joana Astolfi, que, em jeito de instalação, pendurou mesas, cadeiras, tapetes, molduras, pratos, talheres e copos no teto. As inspirações continuam a chegar dos quatro cantos do mundo, com muitas das peças desenhadas para recriar ambientes exóticos e citadinos.

A tecnologia teve uma importante contribuição para a nova abertura. Ao longo do espaço, existem ecrãs táteis que dão acesso a todas as peças da marca, mesmo as que não estão expostas na loja. A nova Kinda conta ainda com um Design Studio, espaço reservado a projetos de decoração personalizados. Em dez dias, qualquer cliente pode ter na mão uma simulação 3D das áreas a decorar, bem como uma lista de peças sugeridas. O serviço tem um custo de 150 euros, descontado depois em compras a partir dos 1.500 euros.