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Fábio é mais do que um número – é o nome, cantado pelo talismã Madureira (a crónica do FC Porto-V. Setúbal)

Este artigo tem mais de 4 anos

FC Porto já tinha atirado ao poste mas foi preciso chegar à meia hora (quando chegou o também atleta Fernando Madureira) para arrancar para goleada com o V. Setúbal (4-0), reduzido a dez desde os 32'.

Fábio Silva marcou o segundo golo em cima do intervalo, naquele que foi o segundo golo na prova e o terceiro na temporada
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Fábio Silva marcou o segundo golo em cima do intervalo, naquele que foi o segundo golo na prova e o terceiro na temporada

Fábio Poço

Fábio Silva marcou o segundo golo em cima do intervalo, naquele que foi o segundo golo na prova e o terceiro na temporada

Fábio Poço

Duas semanas depois, o FC Porto voltou a entrar em campo. Mas, duas semanas depois, aquilo que se aplicava às ideias de Sérgio Conceição é o mesmo que se aplica agora, com o quarteto que infringiu o regulamento disciplinar a continuar entre o banco (Marchesín e Luis Díaz) e a bancada (Saravia e Uribe). Mais do que um episódio noturno de uma festa que ainda está mal contada, foi uma espécie de virar de página na época dos azuis e brancos, como se viu no jogo seguinte, no Bessa: com poucas mas boas opções, o técnico agarrou-se aos nomes que tinha e arrancou uma vitória importante no Campeonato. Agora, na Taça de Portugal, manteve essa linha de pensamento. E voltou a ter sucesso, chegando aos oitavos da competição com uma goleada tranquila frente ao V. Setúbal (4-0).

FC Porto goleia V. Setúbal no Dragão (4-0) e segue para os oitavos da Taça de Portugal

Nesse contexto, Fábio Silva é a cara dessas novas opções que ganharam espaço na equipa. Não que algum dos “proscritos temporários” joguem na sua posição mas porque Sérgio Conceição reconheceu ao jovem avançado o bom trabalho feito nos treinos para abdicar de Soares e Zé Luís em detrimento do campeão europeu da Youth League. A aposta, no seguimento de uma semana em que se tornou protagonista por renovar contrato e passar a ter a cláusula de rescisão mais alta de sempre do futebol português (125 milhões de euros), teve como efeito prático o terceiro golo na equipa principal, segundo na Taça de Portugal. Mas teve mais do que isso.

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“Não olho a nada disso [das cláusulas]. Não sou dirigente, não estou dentro das cláusulas nem dos contratos, isso interessa-me muitíssimo pouco ou nada. O meu discurso nos últimos dois anos e picos tem sido o mesmo: o mercado e os contratos ficam à porta do Olival. É igual um jogador que tenha contrato de seis meses ou seis anos. Tenho em conta o que fazem nos treinos, a competência deles… É um menino que começou a jogar futebol a sério este ano, futebol de alto nível. É uma caminhada longa. A estrutura familiar dele dá-me a entender que vai correr bem”, comentou Sérgio Conceição na antecâmara da receção ao V. Setúbal, relativizando a cláusula do avançado mas ressalvando o potencial que tem para ser uma figura dos azuis e brancos.

Mais uma vez, Fábio Silva mostrou que é mais do que um número. Pelo golo que marcou, por todas as movimentações que teve na frente de ataque ao lado de Marega. Pela forma como foi consolar Jubal depois do autogolo do central sadino, pela ovação com que foi presenteado quando saiu a meia hora do final. O avançado de 17 anos que passou pela formação do Benfica antes de regressar ao clube do coração é cada vez mais a coqueluche do Dragão, como se percebeu também no cânticos que vieram da claque Super Dragões. A mesma onde, quase à meia hora de jogo, chegou Fernando Madureira. E que pareceu servir de talismã para desbloquear o encontro.

Ficha de jogo

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FC Porto-V. Setúbal, 4-0

4.ª eliminatória da Taça de Portugal

Estádio do Dragão, no Porto

Árbitro: Carlos Xistra (AF Castelo Branco)

FC Porto: Diogo Costa; Wilson Manafá, Mbemba, Diogo Leite, Alex Telles; Danilo (Nakajima, 69′), Loum; Corona (Soares, 68′), Otávio, Marega e Fábio Silva (Aboubakar, 60′)

Suplentes não utilizados: Marchesín, Marcano, Sérgio Oliveira e Luis Díaz

Treinador: Sérgio Conceição

V. Setúbal: Makaridze; Mano, Artur Jorge, Jubal, André Sousa; Semedo, Nuno Valente (Carlinhos, 71′), Mansilla (Sekgota, 61′); Leandrinho (Ghilas, 46′), Berto e Zequinha

Suplentes não utilizados: Milton, Eber Bessa, Leandro Teixeira e João Meira

Treinador: Julio Velázquez

Golos: Mbemba (35′), Fábio Silva (42′), Jubal (56′, p.b.) e Marega (60′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Alex Telles (50′), Semedo (57′) e Diogo Leite (82′); cartão vermelho direto a André Sousa (32′)

Com a novidade Diogo Leite ao lado de Mbemba, permitindo que Marcano recuperasse o fôlego antes de um ciclo fundamental para os dragões em três competições distintas, Sérgio Conceição entrou de início com o mesmo 4x4x2 que utilizara no Bessa tendo Fábio Silva na frente ao lado de Marega, dois alas com muito jogo interior para abrir espaço à subida dos laterais (Corona e Otávio) e a dupla Danilo-Loum a segurar o corredor central a meio-campo. Foi o médio internacional português a dar os primeiros sinais de perigo, sobretudo numa jogada onde foi passando os adversários em slalom até ao cruzamento, mas a falta de velocidade tornou o encontro previsível e sem balizas nos minutos iniciais, sem que os sadinos conseguissem também criar situações de alarme.

Foi preciso esperar até ao primeiro quarto de hora para aparecer o primeiro remate não intercetado do encontro. Um remate que por pouco, muito pouco, não deu golo: numa jogada de envolvimento que começou com Otávio no chão após uma entrada mais dura, Loum ganhou espaço no corredor central para assistir Corona mas o remate do mexicano, de pé esquerdo, acabou por acertar com estrondo no poste de Makaridze (17′). Também aí, apesar da boa organização do V. Setúbal que estreava o novo técnico Julio Velázquez, percebeu-se que bastava os dragões acelerarem um pouco o jogo para ficarem mais perto de criarem oportunidades e chegarem ao golo. E era isso que Sérgio Conceição, quando se levantava do banco, ia pedindo aos jogadores mais criativos dos dragões.

[Clique nas imagens para ver os melhores momentos do FC Porto-V. Setúbal em vídeo]

Mais uma vez, quando a partida entrava numa toada mais monótona, foi Danilo a dar exemplo com um remate de meia distância para defesa fácil de Makaridze (29′). O FC Porto estava melhor mas apenas por duas vezes se tinha sentido a bancada do Dragão. A terceira, essa, foi quando Fernando Madureira, líder da claque Super Dragões, chegou ao estádio depois de ter estado com o Canelas no triunfo nas grandes penalidades frente ao Pedras Salgadas que colocou a equipa de Gaia, do Campeonato de Portugal, nos oitavos da Taça de Portugal. E pareceu funcionar como talismã, perante aquilo que aconteceria até ao intervalo – e que quase sentenciou o encontro.

Depois de um remate para defesa fácil de Diogo Costa, naquele que foi o lance mais perigoso dos sadinos até esse momento e que o guarda-redes aproveitou para explorar um pontapé longo em profundidade para as costas da defesa contrária, André Sousa carregou Corona quando o mexicano ia isolado para a baliza e viu vermelho direto. Má notícia para o V. Setúbal que esteve longe de vir só: na sequência do livre direto, Alex Telles rematou forte de pé esquerdo, Makaridze defendeu de forma incompleta e Mbemba, de cabeça, empurrou para o 1-0, naquele que foi o seu segundo golo da temporada (35′). Sete minutos depois, no seguimento de uma combinação na direita entre Corona e Otávio, o brasileiro cruzou rasteiro e Fábio Silva encostou ao segundo poste para o 2-0 (42′).

Julio Velázquez ainda lançou Ghilas ao intervalo, procurando corrigir os desequilíbrios da equipa após a saída de André Sousa com a colocação de Mano como lateral esquerdo e Zequinha a fazer o corredor contrário. Todavia, era fácil perceber que a segunda parte dependeria muito da capacidade dos azuis e brancos em procurar mais golos. Foi isso que aconteceu, com muito demérito sadino pelo meio: Jubal, com um desvio infeliz para a própria baliza, fez o 3-0 aos 56′ e, quatro minutos depois, Marega aumentou a vantagem após assistência de Corona na direita e no seguimento de um lance que vai parar aos pés do mexicano após um mau alívio da defesa adversária.

Com a eliminatória passada e o jogo controlado, Sérgio Conceição fez algumas poupanças, tirando de campo Fábio Silva, Corona e Danilo para as entradas de Aboubakar, Soares e Nakajima, tornando a equipa mais ofensiva (até por ter mais uma unidade) mas nem por isso mais esclarecida também no ataque, com os minutos a passarem sem que o resultado voltasse a mexer e com a equipa já a pensar no encontro decisivo para a Liga Europa que terá na próxima quinta-feira frente aos suíços do Young Boys, a contar para a quinta jornada da fase de grupos.

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