A CPLP apelou esta terça-feira a todas as forças políticas e autoridades judiciais para que contribuam para a ordem, segurança e tranquilidade durante o apuramento e divulgação dos resultados das eleições presidenciais de domingo na Guiné-Bissau.

Em conferência de imprensa para apresentar os resultados preliminares dos observadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), o chefe da missão, Oldemiro Balói, apelou ainda a que seja respeitada a lei no apuramento dos resultados.

A organização felicitou o povo guineense pelo “civismo e serenidade com que exerceu o direito de voto”, fator que é “um importante contributo para a boa governação, a estabilidade, o desenvolvimento económico e social, bem como para o reforço da democracia e do Estado de Direito” na Guiné-Bissau.

Segundo o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros de Moçambique, a missão notou que foram asseguradas as liberdades cívicas e os direitos políticos dos cidadãos” e “o direito de participação no processo político do país, através do sufrágio universal, direto, secreto e pessoal”.

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Oldemiro Balói referiu ainda que “a localização e o acesso às assembleias de voto permitiram uma participação efetiva e normal, tendo os horários de abertura e encerramento sido cumpridos, de modo geral”.

A CPLP congratulou-se também com a “participação da sociedade civil na monitorização do processo eleitoral, nomeadamente pelo número expressivo de agentes no terreno e a elevada capacidade organizativa”, considerando que representa um importante contributo para o reforço da democracia no país.

A missão, composta por 23 elementos, esteve presente no país entre 16 de novembro e esta terça-feira e instalou nove equipas no terreno nas regiões de Bafatá, Biombo, Cacheu, Gabú, Oio e Bissau, observando um total de 261 mesas de assembleias de voto.

Na segunda-feira, a missão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) considerou que as eleições presidenciais de domingo se realizaram “num clima de calma e cordialidade” e que os incidentes registados não puseram em causa o processo.

Numa conferência de imprensa num hotel da capital guineense, Bissau, o líder da missão, Soumeylou Maiga, ex-primeiro-ministro do Mali, pediu ainda aos candidatos para que “aceitem a vontade do povo da Guiné-Bissau” e que “qualquer contestação seja feita dentro do quadro legal”.

A Comissão Nacional de Eleições anunciou esta terça-feira que divulga na quarta-feira, às 10h30, numa unidade hoteleira de Bissau, os resultados das eleições presidenciais.

Mais de 760.000 eleitores foram chamados às urnas no domingo para eleger o próximo Presidente da Guiné-Bissau entre 12 candidatos.