Uma das bandeiras do Iniciativa Liberal para esta legislatura é o alargamento da ADSE a todos os portugueses. Sendo uma das 61 propostas que constam do programa eleitoral, é o próprio partido que lhe reconhece grande importância: “Essa proposta ocupa 40 das 180 páginas [do programa]”, afirma ao Observador Rodrigo Saraiva, assessor do partido.

Sendo uma das bandeiras, era de esperar que na primeira oportunidade para a discutir, o partido desse entrada com a iniciativa legislativa, mas isso não aconteceu. Estando agendada para dia 11 de dezembro a discussão do projeto de resolução do CDS, o Iniciativa Liberal devia ter dado entrada até dia 22 de novembro com a sua proposta para o alargamento da ADSE a todos os portugueses.

Contactado pelo Observador, o partido justifica o facto de não ter dado entrada com nenhuma proposta com a necessidade de “trabalhar com calma um projeto de Lei” para a ADSE. “Não vamos correr a pôr o nosso [projeto] só porque o CDS apresentou. Não íamos acelerar uma coisa, e apresentar, que não estaria aprofundada o suficiente”, afirma Rodrigo Saraiva, mas assumindo que gostava de ver o projeto de lei debatido “já neste ano”.

Sobre a proposta apresentada pelos democratas-cristãos, Rodrigo Saraiva diz que estão ainda a analisá-la para “perceber se pode ser um primeiro passo, gradual no caminho” que o Iniciativa Liberal quer ou se, pelo contrário, “o complica”.

O assessor do partido diz que a proposta do Iniciativa Liberal procura transformar as Administrações Regionais de Saúde (ARS) e a ADSE em subsistemas de saúde, num registo semelhante ao holandês, e que esta é uma proposta que precisa de ser “trabalhada com calma”.

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