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Jesus trocou o colete pelo blazer, Caio sangrou, o Flamengo fez a reviravolta (a golear) – e bateu mais um recorde

Este artigo tem mais de 4 anos

Jogo com Ceará não corria bem ao Flamengo até que Jesus, que esbracejava na zona técnica, tirou colete. Bruno Henrique fez hat-trick na reviravolta (4-1), num dejá vu de Lima que valeu (novo) recorde.

Jorge Jesus voltou a entrar de colete, voltou a trocá-lo pelo casaco ao intervalo a perder e voltou a ver Fla a conseguir reviravolta como na Libertadores
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Jorge Jesus voltou a entrar de colete, voltou a trocá-lo pelo casaco ao intervalo a perder e voltou a ver Fla a conseguir reviravolta como na Libertadores

Getty Images

Jorge Jesus voltou a entrar de colete, voltou a trocá-lo pelo casaco ao intervalo a perder e voltou a ver Fla a conseguir reviravolta como na Libertadores

Getty Images

Everton Ribeiro de cara fechada. Arrascaeta 100% focado. Bruno Henrique com feições de concentração máxima. Esta podia ser a imagem dos avançados do Flamengo antes do apito inicial da final da Taça dos Libertadores, em Lima. Esta foi a imagem dos avançado do Flamengo antes do apito inicial da receção ao Ceará numa altura em que tudo está decidido no Campeonato. E que tinha como música de fundo a festa total nas bancadas do Maracanã – mais do que um jogo de futebol, a lotação estava esgotada para celebrar dois títulos em 24 horas. Sendo que esta imagem dos avançados explica também muito do que se passou no último fim de semana.

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Por forma a valorizar a quebra do jejum de Campeonatos (o último tinha sido em 2009, numa equipa que tinha nomes como Adriano, Petkovic, Ibson, Kleberson ou Maldonado, entre outros), os responsáveis dos rubro-negros decidiram deixar de parte esta noite a Taça dos Libertadores e colocar todos os focos na conquista nacional. Ainda assim, cá fora, era a dobradinha que dava nas vistas: das faixas de campeão às t-shirts passando até por medalhas, tudo foi motivos para faturar mais algum em merchandising numa semana sem precedentes na história do clube. Para Jorge Jesus, que andou de festas em homenagens, acabou por ser “mais um dia no escritório”.

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A partir de agora, estamos no ano de dois mil e Jesus (a crónica da final da Libertadores)

O treinador português, que se já era um herói agora passou a Deus da torcida – tanto que vai ter uma estátua junto à de Zico, a grande referência do clube por ter sido capitão e líder da primeira equipa que conquistou a Taça dos Libertadores, em 1981 – e também cidadão carioca, sabia que o principal adversário do Flamengo frente ao Ceará ia ser o próprio Flamengo, na ressaca de dias de festa entre viagens e com comemorações privadas à mistura que só se tornaram conhecidas pelos inevitáveis vídeos nas redes sociais. Estaria Jesus diferente? Nem por isso. Aliás, longe disso. E nos primeiros 20 minutos, de colete como começou a final em Lima (que depois tirou na segunda parte), já tinha saído pelo menos três vezes da zona técnica aos berros com as unidades da frente.

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Logo à cabeça, porque para Jesus não existem jogos de festa ou a brincar. Depois, porque o Flamengo está muito próximo de continuar a bater recordes na presente temporada e um deles poderia chegar já nesta 35.ª jornada, com a maior pontuação de sempre desde que o Campeonato passou a ter 20 equipas a duas voltas (2006): 81 pontos, a marca máxima que pertencia ao Corinthians desde 2015. E ainda há outros que só nos próximos encontros poderão ser alcançados, como o melhor ataque (falta um golo), a maior diferença de golos, o menor número de derrotas, a maior série de jogos seguidos sem perder. No entanto, as coisas nem começaram bem.

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O Flamengo começou a todo o gás, com mais de 70% de posse, quatro remates e duas oportunidades flagrantes como se o campo estivesse inclinado com sentido único para a baliza do Ceará. Arão, na sequência de uma bola pelo ar desviado ao primeiro poste, deixou a primeira ameaça (7′) antes de Arrascaeta, num lance onde se estava a protestar uma possível grande penalidade sobre Bruno Henrique, rematar com estrondo à trave (15′). O mesmo Arrascaeta, de cabeça após cruzamento de Renê, acertaria ainda nas malhas laterais antes do autêntico balde de água fria (ou morna porque o Maracanã continuou a cantar como se nada fosse): Felipe teve um grande trabalho na esquerda, cruzou rasteiro, a bola atravessou a área e Thiago Galhardo encostou para o 1-0 (28′).

Com Gabigol e Pablo Marí de fora, Jesus promoveu algumas alterações com as saídas dos laterais Rafinha e Felipe Luís, além da troca no meio-campo de Gerson por Diego, antigo médio do FC Porto e capitão que teve um papel importante como suplente utilizado na final da Libertadores. Todavia, a vontade de ganhar estava presente e foi por isso que, já depois de mais um remate de Bruno Henrique de fora da área ao poste (33′), o português não esperou pelo intervalo para trocar o jovem Reinier por Vitinho, procurando algo mais no ataque. Golos, esses, só para o Ceará. E o descanso chegava com uma grande surpresa no Maracanã… apesar de não calar a festa.

Gabigol estava castigado mas Bruno Henrique fez hat-trick e ficou a um golo do companheiro na lista do melhor marcador

AFP via Getty Images

Nos balneários, Jesus voltou a adotar a “tática Libertadores”. Não, não mexeu na equipa. Limitou-se a tirar o colete preto e a vestir o blazer. Para os brasileiros, isso é mais do que uma troca de visual – é um sinal, a que se juntou o facto de Rodrigo Caio ter ficado a sangrar do nariz num lance perto do intervalo, tal como acontecera no encontro de todas as decisões com os argentinos do River Plate. E aquilo que podia ser exceção passou a ser regra: depois de um remate sozinho na área de Bruno Henrique (48′) e de uma má abordagem de Lincoln quando podia ter desviado para golo (55′), Bruno Henrique empatou mesmo num desvio oportuno na pequena área numa fase onde o “ferrolho” do Ceará já colocava a equipa a jogar nos últimos 30 metros (65′).

Estava tudo preparado para o ataque final do Flamengo para a vitória mas, durante poucos minutos, até foi o Ceará a chegar-se à baliza de Diego Alves e a conseguir o primeiro canto do jogo. A manta esticou um bocado, a manta iria rasgar logo de seguida: na sequência de um canto, e depois de um desvio inicial, Bruno Henrique surgiu de novo mais rápido na área para conseguir a reviravolta (75′) antes de selar o hat-trick a cinco minutos do final numa recarga após livre de Arrascaeta e deixar Gabigol, que andara pelo relvado e a saltar na bancada a mostrar o novo visual, com cara mais séria por ter apenas mais um golo na luta pelo melhor marcador. Em cima do minuto 90, Vitinho, que entrara na primeira parte, fechou as contas em 4-1 e deu o mote para a festa que se ia seguir.

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