A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, iniciou esta quinta-feira no Alto Minho reuniões de trabalho mensais em todos os distritos do país para conhecer, “no terreno”, a realidade de cada região.

“Estes contactos são fundamentais para perceber o que podemos melhorar, mudar, ouvir as pessoas, os trabalhadores, as empresas, e ouvir também os serviços públicos desconcentrados para sejam mais eficazes nas respostas às necessidades dos territórios”, afirmou esta quinta-feira a governante.

Ana Mendes Godinho, que falava aos jornalistas na biblioteca municipal de Viana do Castelo, antes de iniciar reuniões de trabalho com as associações empresariais e sindicais representativas do Alto Minho, disse tratar-se da “primeira ação da iniciativa intitulada “Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social no terreno”.

“O objetivo é conhecer os problemas e identificar projetos e boas práticas que possam ser replicadas e partilhadas e manter contactos com os serviços públicos que estão desconcentrados, com as empresas e as associações que dão respostas sociais nos territórios. Perceber os problemas, os desafios que temos pela frente e, acima de tudo ouvir as pessoas”, especificou.

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Acompanhada dos secretários de Estado Adjunto, do Trabalho e da Formação Profissional, Miguel Cabrita, da Segurança Social, Gabriel Bastos, da Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes, e da Ação Social, Rita da Cunha Mendes, a ministra iniciou o programa de visitas na empresa Painhas, instalada na zona industrial de São Romão do Neiva, onde “em parceria com o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) decorre um projeto de qualificação de recursos humanos para integração no mercado de trabalho, com 100% de taxa de empregabilidade”.

Ana Mendes Godinho disse que a empresa, “atualmente com 100 formandos, dá qualificação técnica especializada na área de eletricidade”.

“É um bom exemplo, num distrito com crescimento económico cada vez maior. Tivemos a oportunidade de perceber que podemos simplificar os processos de atribuição de vistos de trabalho”, frisou.

A governante deslocou-se ainda ao Centro de Apoio à Vida Independente (CAVI) da Associação de Paralisia Cerebral de Viana do Castelo (APCVC) , “um projeto-piloto iniciado em fevereiro”.

“Foram visitas muito impressionantes a projetos que respondem aos desafios da sociedade”, referiu.

O presidente da Câmara de Viana do Castelo, José Maria Costa, que acompanhou as visitas da ministra do Trabalho, apontou o “problema da demografia que também, neste território, se coloca com alguma acuidade”, defendendo a necessidade de “redimensionar as respostas sociais para a terceira idade”.

O autarca socialista, que é também presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho lançou ainda o “desafio de adequar a formação profissional às necessidades das empresas dos setores industrial e tecnológico que se têm vindo a instalar na região”.

“É necessário reorientar a formação profissional para os desafios e as necessidades de emprego das empresas”, reforçou.

Na sexta-feira, ainda em Viana do Castelo, a ministra vai iniciar o segundo dia de reuniões no centro distrital da Segurança Social, passando pela Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) e por centros de formação profissional.

Durante a tarde visita os concelhos de Arcos de Valdevez e Paredes de Coura. A iniciativa governamental termina no sábado, em Vila Nova de Cerveira, com uma ação de team building, que vai juntar cerca de meia centena de dirigentes do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.