A rede ambientalista europeia de Ação Climática pediu na quarta-feira mais ambição aos Estados europeus nos seus planos de energia e clima, apontando para uma redução mais rápida na utilização de combustíveis fósseis.

Num relatório divulgado na quarta-feira, a Climate Action Network avalia 22 países da União Europeia (UE) no que diz respeito aos planos que terão que entregar à Comissão Europeia até ao final do ano para se atingir a redução de 40% na utilização de combustíveis fósseis até 2030, a meta atual.

“Todos os países da UE precisam de melhorar a sua resposta para garantir que a Europa não apenas atinge, mas exceda as suas metas atuais de redução face à revisão prevista das metas”, afirma em comunicado a associação portuguesa Zero, que pertence à rede.

Quanto a Portugal, cujo plano divulgado este ano supõe uma redução entre 45 e 55% de emissões até 2030 e 47% de energias renováveis no consumo final até 2030, a rede elogia o facto de haver metas a longo prazo, como atingir a neutralidade carbónica em 2050. No entanto, destaca que faltam medidas concretas na área da eficiência energética e que não há “um plano claro para terminar com a subsidiação dos combustíveis fósseis”.

A Zero refere que o “Estado tem um papel fundamental” na eficiência energética, defendendo que a calafetagem de janelas é uma das medidas eficazes na relação custo/benefício.

A Climate Action Network reconhece que “a informação sobre medidas e políticas nacionais é melhor e mais completa do que em anos anteriores, especialmente nas reduções de emissões de gases com efeito de estufa esperadas”, mas ressalva que falta informação sobre as reduções efetivas conseguidas com essas medidas.

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