Entre 2006 e 2018, foram legalmente criadas 860 novas igrejas em Portugal, segundo números do Ministério da Justiça e da Comissão da Liberdade Religiosa (CLR), citados pelo Jornal de Notícias na edição deste domingo.

O aumento deve-se à vinda de imigrantes do Brasil, países africanos e do leste europeu para Portugal, que professam outras religiões, mas também aos benefícios fiscais em vigor. Entre estes contam-se a isenção do imposto municipal sobre imóveis (IMI) e do imposto sucessório sobre doações.

A maioria das igrejas registadas são evangélicas (85%), mas o número de ortodoxos e protestantes tem vindo a aumentar em Portugal, disse ao Jornal de Notícias o vice-presidente da CLR, Fernando Soares Loja. Segundo o responsável, os islâmicos, hindus e budistas também tem vindo a crescer, ainda que em menor escala. Não existem dados concretos quanto ao número de crentes que frequentam as novas comunidades religiosas.

À rádio Observador, o presidente da Comissão pela Liberdade Religiosa, Vera Jardim diz que “o que é importante é perceber quantas destas comunidades religiosas ainda estão ativas“, acrescentando que há “comunidades que foram registadas há 10 ou 15 anos e que hoje podem já não estar em funcionamento“.

Apesar do aumento substancial de registo de Pessoas Coletivas Religiosas, “todas as semanas, chegam à comissão novos processos”, afirmou Fernando Soares Loja, acrescentando que há ainda muitas comunidades por registar.

com Miguel Viterbo Dias 

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