Um dia depois da notícia do Observador que dava conta do corte da luz e da água nas sedes das claques Juventude Leonina e Directivo Ultras XXI esta segunda-feira, primeiro dia útil do mês, a primeira confirmou através de comunicado o facto e falou no que considera ser “mais um ato de perseguição da Direção do Sporting”.

Sporting aguarda decisão sobre ação de despejo, claques já não têm água e luz nas sedes

“A Juventude Leonina foi ontem [segunda-feira] surpreendida com mais um ato de perseguição por parte da Direção do Sporting. Como a nossa equipa de futebol está a fazer um Campeonato brilhante, e que como claramente a culpa disso é dos Grupos Organizados de Adeptos, a primeira medida desta Direção, após o jogo em Barcelos, foi cortar a água e a luz à sede da Juventude Leonina”, começou por referir a claque.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“É caso para dizer, que em relação à equipa de futebol, Frederico Varandas continua a não estar preocupado… pois realmente o grande problema do Sporting são aqueles que percorrem o País de lés a lés, ao frio, à chuva, que gastam do seu ordenado e abdicam de estar com as suas famílias para apoiar o Sporting. Posto isto e na sequência dos acontecimentos ocorridos no jogo Gil Vicente-Sporting, em que vários adeptos se viram impedidos de entrar com os seus cachecóis e camisolas, a Juventude Leonina, na qualidade de associada da Associação Portuguesa de Defesa do Adepto, e através da mesma, fez chegar uma queixa à Autoridade para a Prevenção e Combate à Violência no Desporto”, acrescentou a Juventude Leonina, que juntou explicações e parte da queixa.

“No domingo passado no Estádio de Barcelos, adeptos do Sporting viram vedada a sua entrada no recinto desportivo, sem qualquer aviso prévio e depois de mais de 300 quilómetros percorridos a chegar a Barcelos, por exibirem camisolas, gorros, cachecóis e outros pequenos acessórios de apoio, em virtude de conterem inscrições referentes tanto à Juventude Leonina como ao grupo Directivo Ultras XXI. Tanto a Juventude Leonina como o Directivo Ultras XXI de imediato procuraram institucionalmente representação nesta matéria, de forma a marcar uma posição e lançar mão dos direitos que assistem a qualquer adepto”, queixa-se a claque.

“Não se percebe o porquê de tal atuação por parte dos responsáveis do Sporting e tal tem de, forçosamente, ser apurado, pois se a violência não pode ser admitida no desporto, a arbitrariedade também não poderá ser aceite. Se a própria Direção do Sporting alegadamente cortou com os apoios financeiros e institucionais a estes GOA por não representarem os valores do clube, certamente deverão ter em conta que deles não é esperado algo que não um comportamento pautado por altos valores – ao contrário do despotismo e falta de conhecimento da Lei que apregoam usar a seu favor”, destacam num dos excertos da queixa que foi apresentada.