Vinte e cinco anos depois, a família de um homem que morreu durante uma cirurgia vai finalmente receber uma indemnização de 32.500 euros, depois de o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem ter decidido a seu favor. Em 1988, o pai de António Silva, o queixoso, foi submetido a uma cirurgia para retirar um rim. Apesar de a operação ter corrido bem, o doente queixou-se sempre de um mal-estar na barriga. Só seis anos depois se viria a descobrir que a equipa médica deixara uma pinça dentro do seu corpo.

Durante uma segunda operação para retirar o objeto, o homem, então com 69 anos, acabaria por não sobreviver na sequência de uma hemorragia. O caso aconteceu no Hospital de São João, no Porto, e é avançado pelo Jornal de Notícias. Foi exatamente o mesmo médico que operou o homem nas duas vezes.

O caso começou na justiça portuguesa que foi sempre dando razão à família da vítima. Tudo mudou quando chegou ao Supremo Tribunal Administrativo, que encontrou falhas no processo e obrigou à repetição do julgamento. A mudança da versão da história de uma das testemunhas levou à absolvição do médico e do hospital.

Agora, o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem deu razão à família e o Estado português terá de pagar 32.500 euros a António Silva. A sua mãe, mulher da vítima, morreu antes de o processo judicial chegar ao fim.

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