O poeta e professor Marco Lucchesi foi reeleito por unanimidade para a presidência da Academia Brasileira de Letras (ABL) por um período de quatro anos, para um terceiro mandato consecutivo no cargo.

A votação aconteceu na quinta-feira numa sessão ordinária no palacete Petit Trianon, no Rio de Janeiro, e tornou Lucchesi o segundo presidente da ABL a ficar no cargo por três mandatos seguidos, depois do jornalista, cronista e ensaísta brasileiro Austregésilo de Athayde, que presidiu a Academia de 1959 até 1993. Em 2017 deu-se uma mudança no regimento que passou a permitir quatro mandatos consecutivos na gestão da ABL.

Marco Americo Lucchesi nasceu em 9 de dezembro de 1963, no Rio de Janeiro. Poeta, romancista, memorialista, ensaísta, tradutor e editor, Lucchesi possui uma ampla produção, contemplada por diversos prémios, em que se destacam as obras “Sphera”, “Meridiano Celeste e Bestiário” e “Clio” (poesia); “O Dom do Crime” e “O Bibliotecário do Imperador” (romances); ou “A Memória de Ulisses” e “O Carteiro Imaterial” (ensaios).

Em declarações à agência Brasil, o presidente reeleito da ABL afirmou querer trabalhar para aprofundar a reforma administrativa da instituição. “Nós queremos seguir os estatutos dos nossos fundadores, nossa cláusula pétrea, estabelecidos por Machado de Assis e pela sua geração, mas, naturalmente, aprofundando os desafios atuais, porque nós não estamos fechados numa torre de marfim”, disse Lucchesi. “Nós olhamos o Brasil e temos um compromisso com a cultura brasileira, defendendo a cultura democrática, a cultura republicana. Nós estamos aqui para pensar a cultura”, frisou o poeta.

Além de Marco Lucchesi para presidente, foram ainda eleitos Merval Pereira, como secretário-geral, Antônio Torres , primeiro secretário,; Edmar Bacha, segundo secretário, e José Murilo de Carvalho, como tesoureiro. A tomada de posse acontecerá na tarde da próxima quinta-feira, dia 12 de dezembro, no Petit Trianon.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR