As autoridades norte-americanas estão a encarar o tiroteio de sexta-feira numa base naval de Pensacola, no Estado da Flórida, como um ato de terrorismo e investigam se o autor dos disparos agiu sozinho.

A autoria do tiroteio, que causou três mortos e pelo menos oito feridos, foi atribuída a Mohammed Alshamrani, de 21 anos, um estudante de aviação da Força Aérea Saudita, abatido no local.

De acordo com um agente da polícia federal norte-americana (FBI), citado pela Associated Press, estão a ser averiguadas as razões da ida de Mohammed Alshamrani a Nova Iorque dias antes do incidente.

Está ainda a ser determinada a autenticidade de mensagens do oficial nas redes sociais nas quais culpa os norte-americanos de serem antimuçulmanos e apoiantes de Israel.

Num comentário a este tiroteio, o presidente dos Estados Unidos recusou assumir que se trata de um ato de terrorismo, mas admitiu que iria rever a política de formação de militares estrangeiros nos Estados Unidos.

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Donald Trump está a ser acusado de proteger interesses sauditas, uma vez que a primeira reação dele foi rejeitar qualquer ideia de responsabilização do governo saudita no sucedido, escreveu o jornal The New York Times.

Fica por esclarecer, afirma o jornal, se as autoridades sauditas vão colaborar na investigação, nomeadamente na identificação dos motivos que levaram o oficial a abrir fogo na escola de aviação da base militar.

Segundo a Associated Press, mais de 850 sauditas estão nos Estados Unidos a participar em várias atividades de treino militar, entre um total de 5.000 estrangeiros de 153 países.