Greta Thunberg fez a sua primeira intervenção na cimeira do clima (COP25), em Madrid, esta segunda-feira, e frisou a necessidade de deixar falar os jovens cujas vozes não foram ouvidas. Com o mundo inteiro de olhos e ouvidos postos em Greta Thunberg, a ativista sueca decidiu relegar o protagonismo e dar voz a outros jovens.
Eu e a Luisa [Neubauer] não falaremos hoje. Em vez disso, vamos deixar os outros falar. Nós somos privilegiadas: as nossas histórias foram contadas vezes e vezes sem conta e não são as nossas histórias que precisam de ser contadas e ouvidas”, disse.
Thunberg alertou ainda para o sofrimento dos povos indígenas e para o quão importantes estes podem ser no combate às alterações climáticas: “estão a sofrer e são os mais afetados pela violência, os que estão mais expostos às consequências das alterações climáticas, sendo que estão em equilíbrio com a natureza”, disse. “Por isso, temos que os ajudar, porque são muito valiosos”, completou.
A jovem sueca frisou também a emergência climática dizendo que não “é um problema futuro, é um problema que nos está a afetar agora”.
A ativista participará, ainda esta segunda-feira, num debate organizado sobre as crianças e a juventude, organizado pela UNICEF. A cimeira do clima prolonga-se até dia 13 de dezembro.