O embaixador da China em Portugal, Cai Run, disse esta quarta-feira que “a prosperidade e estabilidade” de Macau, nos últimos 20 anos, mostrou ao mundo uma prática bem sucedida de “um país, dois sistemas”.

“A prosperidade e estabilidade de Macau revelaram a grande vitalidade de ‘um país, dois sistemas’, demonstrou ao mundo a prática bem sucedida de ‘um país dois sistemas’, com características de Macau e evidenciou que o princípio ‘um país, dois sistemas’ é viável, realizável e apoiado pelo povo”, afirmou Cai Run, num discurso para algumas dezenas de pessoas, entre elas personalidades da vida política.

O responsável diplomático da China em Lisboa falava na cerimónia de inauguração da exposição de fotografia que assinala o 20º aniversário do retorno da administração de Macau para a China, que decorreu esta quarta-feira no Centro Científico e Cultural de Macau.

A cerimónia contou com a presença de antigos governadores portugueses do território, como Rocha Vieira e Garcia Leandro, da secretária de Estado das Comunidade Portuguesas, Berta Nunes, bem como do líder do Partido Comunista Português, Jerónimo de Sousa.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Uma ocasião que foi ainda aproveitada pelo embaixador chinês para frisar que os últimos 20 anos, ou seja, depois do retorno de Macau “à pátria mãe”, com a transição da administração portuguesa do território para as mãos do governo de Pequim, aniversário que se celebra em 19 de dezembro, “foi um período de práticas bem sucedidas do princípio ‘um país, dois sistemas'”.

Nos últimos 20 anos, temos aderido ao princípio de ‘um país, dois sistemas’, ‘Macau governado pela sua gente’ e um alto grau de autonomia, assegurando a prosperidade e estabilidade de Macau, para que as práticas “um país, dois sistemas’ em Macau sejam estáveis e duradouras”, reforçou.

O diplomata recordou que, com o apoio do governo central chinês, e do interior da China, “sob a liderança do chefes executivos e do governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) e graças aos esforços envidados por todos os círculos de Macau, a economia (…) tem crescido rápido, a vida do povo tem-se melhorado constantemente, a sociedade tem sido estável e harmoniosa, e têm-se verificado novos progressos nas mais diversas áreas”. Tal como em Macau, em Honk Kong também vigora a prática de “um país, dois sistemas”.

Mas nos últimos tempos têm-se verificado violentos protestos em Hong Kong, virando as atenções do mundo para a região e para a forma como a China vai repor a estabilidade naquele território outrora, também até ao final dos anos 1990, administrado pelos ingleses.

A exposição esta quarta-feira inaugurada pretende mostrar, de forma abrangente, os “grandes êxitos” obtidos por Macau depois do “seu retorno à pátria”, em áreas como “a economia, política, bem-estar do povo, sociedade, cultura, entre outras”, explicou a embaixada da China.

O objetivo, ainda de acordo com a representação diplomática de Pequim em Lisboa, é que quem a visite fique com “uma ideia melhor sobre o fascínio encantador e futuro brilhante do desenvolvimento desta Terra de Lótus“.