O Presidente francês decidiu adiar para o início de 2020 a cimeira com os homólogos de cinco países do Sahel, prevista para a próxima segunda-feira, na sequência do ataque jihadista de terça-feira no Níger, anunciou o Eliseu. Emmanuel Macron e o homólogo do Níger, Mahamadou Issoufou, concordaram “em propor aos seus homólogos que adiem para o início de 2020 a realização da cimeira em França dedicada à Operação Barkhane e à força conjunta do G5 Sahel”, indicou.

Pelo menos 71 soldados nigerianos morreram em conflitos iniciados na noite de terça-feira no Níger, após o ataque contra um acampamento do exército em Inates, perto da fronteira com o Mali. “Infelizmente, o seguinte balanço é deplorável: 71 soldados mortos, 12 feridos, pessoas desaparecidas e um número significativo de terroristas neutralizados”, é referido num comunicado do Ministério da Defesa lido na televisão. “O combate”, que durou três horas, foi “de uma rara violência que juntou fogo de artilharia e bombistas suicidas”, acrescentou o Ministério.

No passado dia 4, após a cimeira da NATO, o Presidente francês convidara para Pau (sudoeste da França) os homólogos de cinco países do Sahel para exigir um apoio mais claro face ao crescente sentimento antifrancês. “Devemos a muito curto prazo voltar a clarificar o âmbito e as condições políticas da nossa intervenção no Sahel com os cinco Estados membros do G5 Sahel [Mali, Burkina Faso, Níger, Chade e Mauritânia]”, disse então Macron.

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