Sete meses. Há sete meses, em maio, o Sporting foi ao Jamor na reta final da temporada golear o Belenenses SAD por 1-8. O resultado mais do que desnivelado, há sete meses, acabou por ser a última vez que o Sporting marcou quatro golos fora de Alvalade. Passaram, lá está, sete meses. Silas, que em maio era o treinador do Belenenses SAD que sofreu oito golos do Sporting, é agora o treinador desse mesmo Sporting. E o treinador que levou o Sporting a marcar novamente quatro golos fora de Alvalade.

Luiz Phellype, a amnésia necessária para a memória de elefante (a crónica do Santa Clara-Sporting)

Com a vitória desta segunda-feira nos Açores, que valeu aos leões a subida ao terceiro lugar da Primeira Liga, o Sporting carimbou a primeira goleada da temporada e impôs ainda ao Santa Clara a pior derrota da história dos açorianos frente a um dos três “grandes”. Ao regressar ao pódio da classificação, ultrapassando o Famalicão, a equipa de Alvalade voltou aos três primeiros lugares 11 jornadas depois: a última vez que lá tinha estado tinha sido na terceira jornada, quando chegou a liderar a tabela.

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Apesar de só agora terem chegado à primeira goleada e de só agora terem marcado quatro golos fora de portas, a verdade é que os leões são mesmo o segundo melhor ataque da Liga fora de casa, com 13 pontos conquistados em oito jogos (só o Benfica consegue melhor, com 15 em seis). No final da partida, Emanuel Ferro, o adjunto de Silas, garantiu que o resultado espelhava “90 minutos muito positivos”. “Na primeira parte estivemos sempre muito equilibrados. Penso que o equilíbrio ofensivo foi fundamental para o sucesso que tivemos neste jogo. O primeiro golo também ajudou a desenvolver o resto da partida”, acrescentou o adjunto.

“O Sporting é sempre o mesmo, assumimos sempre tudo aquilo que fazemos, seja para o bem ou para o mal. Procuramos sempre o melhor, sermos dominantes, com posse, procuramos melhorar sempre e acreditamos que, para o futuro, teremos cada vez mais um jogo consolidado. O Sporting é sempre o mesmo, hoje [segunda-feira] as coisas correram muito bem e esperamos que assim continue”, concluiu Emanuel Ferro.

Já Luiz Phellype, que bisou e chegou ao mesmo número de golos que assinou na temporada passada com menos um jogo (oito), garantiu que o Sporting tem de responder às críticas: mas só às dos “adeptos de verdade”. “Não temos que dar resposta alguma a esses adeptos [os que gritaram ‘Alcochete sempre’ no aeroporto e no hotel], mas sim aos adeptos de verdade, aqueles que nos apoiam. Os outros não merecem comentários, nem que lhe dediquemos a vitória a eles”, atirou o avançado brasileiro.