A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil emitiu um aviso sobre o agravamento do mau tempo nas próximas horas. Cinco distritos de Portugal continental já estão sob aviso laranja devido à previsão de ventos fortes e chuva intensa e persistente, podendo ser acompanhada de trovoada. O tempo vai piorar devido à depressão “Elsa” que está a chegar ao território mas será nos Açores que os ventos fortes e a agitação marítima mais se farão sentir.

Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o arquipélago, bem como os distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Vila Real e Aveiro vão estar sob aviso laranja entre as 18h desta quarta-feira e a meia-noite de quinta-feira. A proteção civil alerta para a possibilidade de “inundações rápidas em meio urbano” e “inundações por transbordo das linhas de água nas zonas historicamente mais vulneráveis”. Pede ainda especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, com atenção reforçada em relação à possibilidade de queda de ramos e árvores. E  recomenda que se evite praticar atividades relacionadas com o mar, como a pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima.

A chuva e o vento forte com rajadas até 85 quilómetros por hora, em especial no litoral, e até 110 quilómetros nas terras altas, levaram também o IPMA a emitir aviso amarelo para os distritos de Viseu, Guarda, Castelo Branco, Coimbra, Leiria, Viana do Castelo, Braga, Porto, Vila Real, Aveiro, Bragança.

Sob aviso amarelo estão ainda os distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Leiria e Lisboa devido à agitação marítima, prevendo-se ondas de oeste/sudoeste com 4 a 5 metros até às 6h de quinta-feira.

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O IPMA colocou ainda as regiões montanhosas da ilha da Madeira sob aviso amarelo devido ao vento forte com rajadas até 95 quilómetros por hora entre as 12h desta quarta-feira e as 0h00 de quinta-feira.

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Cuidados com as inundações

No alerta feito à população, a proteção civil refere a possibilidade de inundações de “estruturas urbanas subterrâneas com deficiências de drenagem” e de formação de lençóis de água na estrada, além da queda de ramos de árvores, danos em estruturas montadas ou suspensas.

O agravamento das condições meteorológicas pode ainda levar a “possíveis acidentes na orla costeira” e a derrocadas, “fenómenos geomorfológicos causados por instabilização de vertentes associados à saturação dos solos, pela perda da sua consistência”.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil  recorda que o eventual impacto destes efeitos “pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados“, pelo que, em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, recomenda diversas medidas de autoproteção como a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais, a adoção de uma condução defensiva e especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas.

Alerta ainda para a necessidade de garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, como andaimes, placards e outras estruturas suspensas.