Entre Campeonato, Taça de Portugal e Taça da Liga, por opção técnica ou “castigo” de Marchesín, o jovem Diogo Costa leva já um total de seis encontros oficiais disputados. Ponto comum? Não sofreu golos em nenhum deles, num total de 540 minutos com a baliza em branco que encontra apenas precedentes em dois nomes que não são nem Barrigana, nem Vítor Baía, nem Helton, nem Iker Casillas: Mlynarczyk, polaco que não consentiu qualquer golo nos seis primeiros jogos realizados pelos azuis e brancos em 1986, e Hilário, português que teve uma estreia auspiciosa após uma época na Académica e não sofreu nas sete primeiras partidas como dragão. No entanto, foi de outro registo histórico que mais se falou no final da partida entre o FC Porto e o Santa Clara.

Shoya encontrou o lugar ao sol e não merecia o corte da emissão pela chuva (a crónica do FC Porto-Santa Clara)

Com o triunfo dos portistas que valeu a qualificação para os quartos da Taça de Portugal, naquele que foi o terceiro jogo na presente temporada em que bateram o Santa Clara no Dragão, Sérgio Conceição alcançou a 100.ª vitória no comando dos azuis e brancos, igualando a “velocidade” de Artur Jorge para chegar a essa marca: 136 encontros. Os outros dois técnicos do FC Porto que somam 100 ou mais triunfos demoraram um pouco mais: Jesualdo Ferreira alcançou o número redondo à 142.ª partida e José Maria Pedroto chegou no 162.º compromisso.

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Ao todo, o antigo extremo também dos azuis e brancos leva um total de 100 vitórias (66 no Campeonato, 13 na Taça de Portugal, dez na Liga dos Campeões, seis na Taça da Liga, três na Liga Europa e uma na Supertaça), 20 empates e 16 derrotas em 136 jogos desde que chegou ao Dragão, com 300 golos marcados e apenas 106 sofridos. À sua frente tem de forma mais próxima Jesualdo Ferreira, com 125 triunfos no comando dos azuis e brancos, e, já mais distanciados, os incontornáveis Artur Jorge (187 vitórias) e José Maria Pedroto (231 triunfos).

Vitória 100 no FC Porto? Aquilo que me diz é que passámos aos quartos de final da Taça de Portugal, que para mim é o mais importante. Esses números dizem-me pouco”, comentou na flash interview. “Se o lance do golo é legal? Não vi nada de anormal do banco, aquilo que vi foi o golo 300 desde que peguei na equipa, o que dá uma média de mais de dois golos por jogo, o que diz bem da qualidade ofensiva que temos demonstrado”, acrescentou sobre o outro número redondo da noite.

“Fizemos uma boa parte e estivemos bem enquanto o relvado permitiu jogar. Iniciámos bem o jogo e criámos três ou quatro situações para fazer golo. Podíamos ter saído para o intervalo com uma vantagem maior mas não conseguimos. Depois complicou-se com o estado do terreno, que ficou impraticável. A bola não rolava. Ficou um jogo perigoso, porque numa bola parada, uma segunda bola, podia ter havido um dissabor para nós tendo em conta o terreno. Mas estivemos muito concentrados e não permitimos praticamente nenhuma situação ao Santa Clara. Foi uma vitória justa e curta para o que fizemos na primeira parte. Na segunda não se jogou futebol”, resumiu de forma geral Sérgio Conceição na zona de entrevistas rápidas da SportTV.

“As condições são difíceis em todo o País, com esta chuva é difícil encontrar um relvado que esteja em condições, mas obviamente que nós queremos sempre os melhores porque somos uma equipa que tem de assumir as despesas do jogo. Para a nossa dinâmica queremos e vamos ver esse assunto ao pormenor”, acrescentou, a propósito das condições complicadas do relvado do Dragão sobretudo com o passar dos minutos na segunda parte.

“Desejos para 2020? Que a imprensa seja mais justa com o FC Porto. Em termos desportivos, gostava que acontecesse isso. Sinto que por vezes há injustiças. No plano pessoal desejo a toda a gente muita saúde e um 2020 cheio de coisas boas”, concluiu o técnico portista após o último jogo do ano civil no Dragão.