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Shoya encontrou o lugar ao sol e não merecia o corte da emissão pela chuva (a crónica do FC Porto-Santa Clara)

Este artigo tem mais de 4 anos

Na primeira parte jogou-se bem, no segundo tempo não houve jogo. FC Porto derrotou Santa Clara (1-0) com brilho de Nakajima, que marcou o seu primeiro golo – que não passou em direto na TV pelo tempo.

Corona confirmou estatuto de jogador com mais assistências no FC Porto esta época e Nakajima marcou pela primeira vez pelos dragões
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Corona confirmou estatuto de jogador com mais assistências no FC Porto esta época e Nakajima marcou pela primeira vez pelos dragões

Fábio Poço

Corona confirmou estatuto de jogador com mais assistências no FC Porto esta época e Nakajima marcou pela primeira vez pelos dragões

Fábio Poço

Pode não ser propriamente uma opinião unânime mas ganhou por larga maioria na crítica: a vitória do FC Porto com o Tondela na passada segunda-feira foi uma das exibições mais convincentes da temporada até ao momento. Ponto. E na primeira análise Sérgio Conceição acabou por elogiar a qualidade do jogo sem quantificar um ranking das melhores performances numa época com alguma irregularidade à mistura que fez a equipa ter deslizes fora no Campeonato e uma qualificação mais complicada que era esperado na teoria na Liga Europa. A seguir, especificou o como, o onde, o quando e o porquê do sucesso das mexidas falando em dois nomes em especial.

Uma parte a jogar, outra sem jogo: FC Porto vence Santa Clara por 1-0 e está nos quartos da Taça

“Danilo e Uribe são jogadores diferentes, não é preciso perceber muito de futebol para entender isso. Também não é muito difícil compreender que o Nakajima jogou a ‘10’ e não a extremo, como li e ouvi dizer na televisão”, referiu o treinador dos azuis e brancos, prosseguindo: “Temos jogadores diferentes em função das estratégias distintas que montamos. Temos é de estar sempre concentrados em momentos como a transição para o ataque ou a posse de bola. Por exemplo, há jogos em que um pivô tem de ser mais ‘6’ e outros em que tem de ser mais ‘8’; há também certos jogos em que os avançados têm de ter uma ocupação de espaços diferente”, descreveu, antes de deixar uma “farpa” em forma de desejo para que se falasse mais de futebol e não “daquilo que dá audiências”.

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A estratégia resultou de tal forma que, no último jogo do ano civil no Dragão, o FC Porto voltou a utilizar a mesma fórmula agora com Danilo no banco (ao contrário do encontro com o Tondela, onde por motivos físicos ficou fora dos 18 a par de Loum) e apenas alterações circunstanciais sem mexer muito na estrutura, com as entradas de Diogo Costa, Diogo Leite, Wilson Manafá e Zé Luís para os lugares de Marchesín, Marcano, Marega e Soares. E se Uribe e Otávio conseguiram dar mais metros à equipa apesar das dificuldades sentidas pelo relvado, e se Corona confirmou o estatuto de jogador com mais assistências, Nakajima acabou por ser a grande estrela do encontro não só pelo golo mas por ter estado em todas as ações ofensivas da primeira parte – quando ainda se jogou futebol.

Ficha de jogo

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FC Porto-Santa Clara, 1-0

Oitavos de final da Taça de Portugal

Estádio do Dragão, no Porto

Árbitro: Fábio Veríssimo (AF Leiria)

FC Porto: Diogo Costa; Wilson Manafá, Pepe, Diogo Leite, Alex Telles; Uribe, Otávio; Corona, Nakajima (Sérgio Oliveira, 85′), Luis Díaz (Danilo, 68′) e Zé Luís (Soares, 90+2′)

Suplentes não utilizados: Marchesín, Mbemba, Marega e Fábio Silva

Treinador: Sérgio Conceição

Santa Clara: André Ferreira; Rafael Ramos, Fábio Cardoso, César, Mamadu Candé; Francisco Ramos, Rashid, Nené (Bruno Lamas, 26′); Pineda (Carlos Jr., 58′), Schettine (Thiago Santana, 66′) e Zé Manuel

Suplentes não utilizados: Marco Pereira, Patrick, João Afonso e Ukra

Treinador: João Henriques

Golo: Nakajima (28′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Zé Luís (23′), Otávio (45′), Mamadu Candé (63′) e César (88′)

Sem ter uma posição fixa mas andando sempre ou nos espaços entre linhas ou a surgir em movimentos contrários nas costas do avançado (Zé Luís), o internacional japonês foi o fator desequilibrador de um encontro onde o FC Porto foi sempre melhor e até conseguiu criar mais oportunidades de golo nos 45 minutos iniciais do que tinha alcançado frente ao Tondela, onde saiu com uma confortável vantagem de 2-0. A passar ou a receber, a fazer a diferença com e sem bola, o antigo avançado do Portimonense que passou pelo Al-Duhail e chega ao final deste mês de dezembro com apenas 685 minutos oficiais recuperou a alegria de jogar como tão bem jogava quando esteve em Portugal pela primeira vez. Aliás, agora que Shoya encontrou o seu lugar não merecia que o mau tempo provocado pela tempestade Elsa impedisse que o primeiro golo pelos dragões não fosse visto em direto na TV…

O poderio dos dragões começou no jogo aéreo e foi descendo até chegar com a bola ao chão. Zé Luís, com um cabeceamento forte na área ao primeiro poste, obrigou André Ferreira à primeira defesa apertada da noite (5′), antes de outro lance nas alturas em que Pepe ganhou vantagem mas desviou sem muita força e à figura do guarda-redes dos açorianos (8′). Depois, começou a aparecer Nakajima. A combinar curto na frente, a cair nos corredores laterais para criar superioridade com a subida de Wilson Manafá e Alex Telles, a descer mais perto de Uribe e Otávio para poder receber e rodar sem oposição, como aconteceu no lance onde colocou com um passe a ver bem a diagonal de Zé Luís nas costas da defesa açoriana para outra intervenção de André Ferreira (17′).

[Clique nas imagens para ver os melhores momentos do FC Porto-Santa Clara em vídeo]

O Santa Clara queria corrigir a imagem deixada no último encontro frente ao Sporting, onde sofreu a derrota mais pesada da temporada (4-0), mas nunca teve argumentos para conseguir sair em transição como tinha acontecido de forma esporádica nos dois jogos que tinha feito no Dragão esta época, para o Campeonato e para a Taça da Liga, e ainda ficou sem Nené muito cedo, atingido de forma perigosa mas involuntária por Zé Luís na cabeça a ponto de ter de dar lugar a Bruno Lamas. Pouco depois, surgiu o único golo da partida, com Corona a conseguir ganhar pela direita após choque com Mamadu Candé e a cruzar para o desvio com o joelho numa posição pouco ortodoxa de Nakajima na pequena área, naquele que foi o primeiro golo no nipónico nos azuis e brancos (28′).

Logo de seguida, os protagonistas mudaram mas o resultado final não foi o mesmo de novo por “culpa” de André Ferreira, que travou da melhor forma o remate cruzado de Corona na área após passe a rasgar de Nakajima a deixar o mexicano em posição privilegiada para ser mais do que o jogador com mais assistências esta temporada no FC Porto e poder também regressar aos golos (31′). Francisco Ramos, após ganhar uma segunda bola, teve num tiro de meia distância para a única defesa de Diogo Costa ao longo do encontro a melhor chance da equipa insular (33′) e o resultado chegaria ao intervalo com a vantagem portista pela margem mínima.

Veio o intervalo, acabou o jogo: a chuva que caiu de forma mais intensa no decorrer do descanso tornou o relvado Estádio do Dragão praticamente impraticável e o jogo mais feito de choques físicos do que de duelos técnicos como se tinha visto em muitos períodos dos 45 minutos iniciais. Luís Díaz, com um remate de meia distância para defesa segura de André Ferreira (48′), e Alex Telles, num livre lateral marcado na direita do ataque que passou um pouco ao lado (63′), tiveram as duas melhores oportunidades de um segundo tempo onde pouco ou nada se jogou e com o apito final a surgir como um alívio para os poucos espetadores que assistiram à partida.

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