Os trabalhadores dos centros de atendimento telefónico de empresas vão continuar até ao final de dezembro a greve intermitente que iniciaram em 1 de novembro por melhores salários e condições de trabalho, foi hoje anunciado.

De acordo com informação do Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual (SINTTAV), foi emitido um novo pré-aviso de greve, para vigorar entre 22 e 31 de dezembro, porque as empresas do setor, de trabalho temporário e ‘outsourcing’, “continuam a não querer dialogar com os sindicatos”.

Os trabalhadores dos centros de atendimento telefónico de empresas fizeram um dia de greve nacional no final de outubro e estão, desde o início de novembro, abrangidos por pré-avisos de greve que lhes dão a possibilidade de paralisar nos dias que entenderem, mas em períodos de hora e meia.

Segundo o SINTTAV, esta foi a forma encontrada pelos trabalhadores dos ‘call-centers’ para surpreender as empresas, que normalmente reorganizam as tarefas para evitar o impacto negativo das greves.

O novo pré-aviso de greve é válido até às 24h de 31 de dezembro, das 11h às 12h30, das 15h às 16h30 e das 19h30 às 21h. Estes trabalhadores queixam-se de que auferem salários muito baixos, não têm condições de trabalho e são eternamente precários, pois trabalham em regime de subcontratação.

Na base da luta está também a reivindicação de integração nos quadros das empresas para as quais prestam serviços, nomeadamente a MEO, NOS, Vodafone, EDP e Segurança Social. Se os trabalhadores dos call-centers das empresas de telecomunicações fossem integrados nos quadros das empresas onde prestam serviço passariam a ser abrangidos pela contratação coletiva e teriam mais direitos e melhores condições de trabalho.

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