Pela primeira vez em mais de 200 anos, a catedral de Notre-Dame, em Paris, não irá acolher a tradicional missa do Galo. A confirmação foi feita pelas autoridades francesas, que adiantam ainda que o serviço religioso da noite de 24 para 25 de dezembro, será à mesma conduzido pelo sacerdote daquela catedral, Patrick Chauvet, mas terá lugar na vizinha igreja de Saint-Germain-l’Auxerrois.

Património da UNESCO, o monumento nas margens do rio Sena com 850 anos de história viu a sua estrutura abalada pelo violento incêndio de 15 de abril, com as obras de reconstrução a estenderem-se, segundo previsto, ao longo dos próximos cinco anos. E mesmo em alguns dos momentos mais turbulentos da sua vida manteve-se fiel à tradição da missa nesta quadra, cumprida até durante a ocupação Nazi em plena II Guerra Mundial. Até aqui, a Notre-Dame vira-se forçada a fechar as suas portas apenas no final do século XVIII e começo do século XIX, no rescaldo da revolução francesa.

Uma ilustração de Paris saída de 1803, uma das fases mais agitadas na vida da Notre-Dame © Getty Images

Em outubro, o ministro da cultura francês revelou que um bilião de euros foram já angariados tendo em vista a recuperação do edifício, depois de em junho ter sido aberta uma investigação ao incidente. A negligência de um cigarro mal apagado ou um curto-circuito permanecem como as causas mais fortes para o incêndio.

Notre-Dame. O que se segue depois do fogo apagado?

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