Travis Kalanick vai deixar a administração da Uber no dia 31 de dezembro, cortando definitivamente com a empresa para se dedicar a “novos negócios e iniciativas filantrópicas”. O fundador da empresa já tinha deixado a presidência-executiva em 2017, altura em que foi substituído por Dara Khosrowshahi, mas deixa, assim, o conselho de administração da Uber.

Como a vida do “implacável” CEO da Uber se tornou num Karma Police de 68 mil milhões

Num comunicado divulgado nesta véspera da Natal, o controverso Kalanick começa por dizer que a Uber fez parte da sua vida nos últimos 10 anos. “Neste fecho de década, e com a empresa agora cotada em bolsa, parece-me ser este o momento ideal para me concentrar no meu negócio e iniciativas filantrópricas”, afirma, dizendo-se “orgulhoso de tudo o que a Uber conseguiu” e garantindo que vai continuar a “torcer pelo futuro da empresa, de fora”.

A saída não é totalmente surpreendente já que Kalanick tinha vendido praticamente todas as suas ações da Uber quando terminou o período de lock up, ou seja, assim que as pôde vender. Terá encaixado já cerca de 2,5 mil milhões de dólares, mais de dois mil milhões de euros, com essas vendas de ações na bolsa.

À saída, Travis Kalanick quis agradecer ao conselho de administração, a toda a equipa da Uber e a Dara Khosrowshahi, o novo CEO — que também se disse “imensamente grato a Travis pela sua visão e tenacidade na construção da Uber”.

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