A indústria automóvel chinesa evolui a um ritmo impressionante, mas está muito concentrada em modelos pequenos e acessíveis, tenham eles motores eléctricos ou de combustão. Mas se os chineses dominam bem os grandes volumes de produção, não estão tão à vontade com o luxo e o requinte, pelo que conceber um veículo à altura de um Bentley ou de um Rolls-Royce é quase uma missão impossível.

Apesar das dificuldades colocadas pela elevada fasquia destas marcas britânicas, o Presidente chinês, Xi Jinping, insiste em ter um veículo oficial à altura da imagem do país que dirige, que é simultaneamente o que mais veículos fabrica e vende, além de ser a segunda maior economia do mundo, em vias de saltar para a liderança. O carro oficial de Xi Jinping é, desde há muito, um Hongqi L5, considerado localmente como o Rolls-Royce chinês, apesar do aspecto mais “pesadão” e antiquado. Mas finalmente a Hongqi resolveu actualizar o seu L5.

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Os desenhos publicados mostram um modelo mais baixo e mais esguio, ainda que com algumas soluções que deverão estar mais de acordo com o gosto chinês do que com o europeu. A traseira menos volumosa e com uma inclinação suave, na continuação do tejadilho, parece herdada dos carros de luxo britânicos mais recentes. Também dos topo de gama ingleses parecem ter saído as portas suicidas traseiras, similares ao Phantom.

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Na ânsia de elevar o estatuto da sua limousine presidencial, a Hongqi decidiu realizar um upgrade da mecânica. Em vez do 4.0 V8 biturbo da geração anterior, que foi completado com o 6.0 V12 em 2017, o novo L5 conta apenas com o V12, que fornece 415 cv e 550 Nm, longe dos valores da RR, mas aqui obtidos por um motor atmosférico. A transmissão continua a estar a cargo de uma caixa automática com apenas seis velocidades, que curiosamente distribui a potência pelas quatro rodas. Quando estiver pronto e à venda, o L5 vai exigir um investimento superior a 5 milhões de yuan, cerca de 700.000€, aproximadamente 100 vezes mais do que o valor médio dos veículos novos comercializados no país.