O candidato à liderança do PSD Miguel Pinto Luz disse este sábado em Viseu que anda a espalhar uma mensagem de mobilização e de esperança para voltar a fazer com que o partido volte a ser maioria no país.

“Viseu, um distrito historicamente social-democrata, é com enorme satisfação que estou aqui hoje para passar uma mensagem de enorme esperança de que é possível fazer do PSD um partido outra vez maioritário em Portugal”, adiantou Miguel Pinto Luz.

Em declarações aos jornalistas, à entrada de um encontro à porta fechada com cerca de 50 militantes do distrito de Viseu, na sede distrital do PSD, Miguel Pinto Luz acrescentou que a mensagem que traz é a mesma que tem levado por todo o país.

“Uma mensagem de mobilização do PSD, de um PSD que tem estado algo desmobilizado e esquecido dessa capacidade de liderar a agenda política”, afirmou.

Questionado sobre as prioridades para a liderança no partido, o candidato não quis avançar com nenhuma, alertando que “são muitas e estão no programa que será apresentado no dia 4 de janeiro, no Porto”. Sobre a sua candidatura, Pinto Luz disse que “o que está em causa nestas eleições são visões diferentes para o futuro do PSD e visões diferentes para o futuro do país e é isso que importa”.

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O candidato disse ainda ter uma posição política “completamente diferente” dos outros dois candidatos, Rui Rio e Luís Montenegro. “O posicionamento do dr. Rui Rio é de quem tenta centrar o PSD, afunilar o PSD ao centro, o dr. Luís Montenegro tem trazido o PSD cada vez mais para a direita e eu tenho um posicionamento, diria, quase tradicional na social-democracia portuguesa”, explicou.

Pinto Luz definiu-se como “alguém que coloca a ação política no centro, a pessoa no centro da ação política e alguém que se preocupa, por um lado, com a liberdade de expressão, com a liberdade de opinião e que não tem qualquer tipo de complexos ideológicos com a iniciativa privada”. Defendeu também um “partido que também se preocupa com os nossos concidadãos, com aqueles que mais necessitam, um Estado de providência capaz de acudir àqueles que precisam nos momentos mais difíceis das nossas vidas”.

Sobre o número de militantes presentes na sede do partido, cerca de 50, Miguel Pinto Luz disse não fazer “avaliações pelo número de militantes”, defendendo que não tem de “fazer esse tipo de avaliações”, embora admitisse que lhe parecia “estar uma casa bastante composta”.

As eleições diretas do PSD realizam-se em 11 de janeiro. São candidatos à liderança o atual presidente do PSD, Rui Rio, o antigo líder parlamentar do PSD Luís Montenegro e o atual vice-presidente da Câmara de Cascais, Miguel Pinto Luz.

Miguel Pinto Luz. “Não sou candidato a nada porque não há eleições marcadas. Mas não me excluo do futuro do meu partido”