No final do último encontro que terminou com uma fantástica reviravolta do Wolverhampton frente ao Manchester City por 3-2, Nuno Espírito Santo, técnico da equipa mais portuguesa da Premier League, ainda tentou finta uma questão a propósito do VAR e da grande penalidade de Sterling que iria originar o primeiro golo do encontro depois de Rui Patrício ter conseguido defender dois castigos máximos do avançado inglês.
“Estava a pensar não falar sobre o VAR, não posso falar com os árbitros diretamente… Há decisões que afetam tudo. Apenas vi as coisas através dos ecrãs. Dendoncker tocou em Riyad Mahrez no pé, mas será isso o suficiente? Não farei parte das discussões mas elas vão continuar. Temos de confiar no VAR e no árbitro. Eles veem as imagens em slow motion, por isso decidem melhor”, afirmou. Este domingo, apenas três dias depois, a opinião já poderá ser diferente, como se percebeu no cartão amarelo que viu pouco antes do intervalo. E é do VAR que se fala depois do triunfo do Liverpool frente ao Wolverhampton por 1-0 em Anfield.
Oh for Christ sake, the lines and dots are out.
— Gary Lineker (@GaryLineker) December 29, 2019
Thoughts are with football at this difficult time.
— Gary Lineker (@GaryLineker) December 29, 2019
Aliás, muito do que se passou no jogo em termos de perigo resume-se a esse período final da primeira parte e em dois capítulos distintos. Mas vamos por partes: aos 42′, Sadio Mané surgiu isolado na área, rematou forte e bateu Rui Patrício para o golo inaugural que foi numa primeira instância anulado por suposta mão de Lallana quando faz a assistência para o senegalês. O VAR foi consultado, considerou (e bem) que não tinha havido infração mas passou ao lado de uma mão involuntária de Van Dijk no início do lance que não demorou a tornar-se tema de conversa na análise à partida. Pouco depois, Pedro Neto, de pé direito, fez o empate ainda antes do intervalo mas o golo foi invalidado por posição irregular de Otto no início da jogada que, confirmando-se, não passou de uma mera questão de centímetros. No meio dos protestos, Nuno acabou por ser admoestado no banco.
To rule out that Wolves goal for offside but say that this Van Dijk handball in the buildup to Liverpool’s goal was “inconclusive” is an absolute disgrace. VAR doesn’t make sense. pic.twitter.com/XMhooO6s5X
— The Man Utd Way (@TheManUtdWay) December 29, 2019
Vaya gol le acaban de quitar a los Wolves por un fuera de juego de 0,000000000023 cm de Jonny Otto. Acabemos con la broma del VAR de una vez pic.twitter.com/HRUPoNjERU
— Alejandro Prado (@JandroPrado) December 29, 2019
E se na primeira parte, à exceção desse lance de Pedro Neto, os Wolves (com seis portugueses de início: Rui Patrício, Rúben Vinagre, Rúben Neves, João Moutinho, Diogo Jota e Pedro Neto) quase não existiram no plano ofensivo, a segunda metade teve outra história, com os reds a terem dificuldade em controlar as tentativas dos visitantes sobretudo no último quarto de hora, ainda que sem efeitos práticos. Contas feitas, o Liverpool manteve a senda de vitórias consecutivas, reforçou a liderança (leva 18 triunfos e um empate na presente temporada) e acabou o ano civil de 2019 sem uma única derrota em Anfield, ao passo que o Wolverhampton desceu ao sétimo lugar a cinco pontos do quarto Chelsea, a um do Manchester United e com os mesmos do Tottenham.
???????????????????????????? FINAL | Liverpool ???? Wolves
"Reds" fecham o ano com 18 vitórias em 19 jornadas, após triunfo (difícil) sobre os lobos de NES
João Moutinho ???????? (6.3) foi o 3º melhor em campo, o melhor "lobo" e o jogador com + desarmes (6) ⭐#EPL #PremierLeague #LIVWOL pic.twitter.com/EoSwmm5Gps
— GoalPoint.pt ⚽ (@_Goalpoint) December 29, 2019