Algumas marcas de automóveis estão a ponderar subir os preços na União Europeia (UE) por causa da atualização dos limites de emissão de carbono que os novos carros vão ter de cumprir a partir de 01 de janeiro, apurou o Público. Outras, como a Mercedes, pretendem retirar modelos de carros do marco. E a Mazda, por exemplo, tenciona retirar alguns tipos de motor.

As novas regras dizem que os novos carros à venda na UE só podem emitir 95 gramas de dióxido de carbono por quilómetro no caso dos ligeiros; e 147 gramas no caso dos pesados. As marcas que não cumprirem estes valores sujeitam-se a pagar uma multa de 95 euros por cada grama por quilómetro de dióxido de carbono emitido em excesso. É esse o risco que está a motivar algumas marcas a ponderar subir preços, de modo a compensar alguma penalização.

No entanto, tudo depende das características dos automóveis, recorda o Público — quanto mais pesado for, mais pode emitir. Por cada 100 quilogramas acima da massa média dos novos automóveis ligeiros de passageiros, podem emitir-se 3,33 quilogramas por quilómetro de dióxido de carbono. No entanto, a UE pretende-se que as emissões médias de todos os carros novos não ultrapasse os 95 gramas.

As marcas têm o próximo ano para adaptar a nova oferta de mercado às novas regras europeias, que só têm impacto direto nas marcas, não tanto nos condutores. É que estes valores de emissão só são considerados para os modelos que entrem para o mercado a partir do próximo ano. Ou seja, quem tiver carros mais antigos pode continuar a conduzi-los com normalidade.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR