Os diretos no Facebook onde se anunciam carteiras, malas, sapatilhas ou peças de roupa de marca por preços que rondam os 20 euros são cada vez mais comuns. Os anunciantes não têm medo e mostram a cara, confiando na proteção que os ecrãs de computador lhes conferem, mas as autoridades estão atentas ao fenómeno de contrafação e falsificação de produtos que lesa o Estado e a economia em milhões de euros.

Segundo o Jornal de Notícias, só no primeiro semestre de 2019 foram apreendidos 1.100 milhões de euros em bens contrafeitos pela ASAE, a autoridade responsável pela fiscalização deste tipo de crime, num total de “786 mil artigos de produtos variados”. As apreensões foram feitas não apenas nas feiras — como era prática comum até à ascensão das redes sociais —, mas também na internet.

Além dos crimes de contrafação, também há denúncias de consumidores por fraude, esclarece fonte da ASAE ao JN. Segundo esta fonte, há mesmo quem compre online artigos a preços muito inferiores aos praticados no mercado confiantes de que se tratam de bens originais.

Os prejuízos para a economia e para o Estado são grandes, mas a segurança dos utilizadores também está em causa. Dos produtos contrafeitos considerados perigosos, 80% tiveram como consumidores finais crianças e jovens, sendo que em 97% dos artigos de contrafação perigosos existe um risco grave.

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