Mais de 600 incidentes de violência contra profissionais de saúde foram registados nos primeiros seis meses de 2019, sendo que a maioria das notificações respeitam a assédio moral ou violência verbal. Os dados disponibilizados pela Direção-Geral da Saúde mostram um acumulado ao longo dos anos, pelo menos desde 2013, de 4.893 notificações de violência contra profissionais de saúde até fim de junho de 2019.

Entre o final de 2018 e julho de 2019 registou-se um acréscimo de 637 incidentes de violência. Assim, durante o primeiro semestre de 2019, a Direção-Geral da Saúde (DGS) recebeu uma média mensal superior a 100 casos de violência contra os profissionais de saúde.

Segundo os dados disponíveis no site da DGS, dos mais de 4.800 casos notificados ao longo dos anos, 57% respeitam a assédio moral, 20% a casos de violência verbal e 13% de violência física.

Os enfermeiros são o grupo profissional que é mais frequentemente vítima de incidentes de violência, com mais de metade das situações registadas e comunicadas à DGS. Seguem-se os médicos, com 27% dos casos. Na maioria dos casos, o agressor é um utente ou doente ou seu familiar, havendo também casos de profissionais que agridem outros profissionais.

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Agressões entre médico e utente por causa de baixa médica

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) veio esta quinta-feira apelar à ministra da Saúde para criar condições de segurança para os profissionais, após mais um caso de agressão a um médico.

Um médico de medicina geral e familiar foi agredido a soco e pontapé por um doente durante uma consulta no Centro de Saúde de Moscavide, segundo relatou o secretário-geral do SIM, Roque da Cunha. Também na semana passada foi tornado público o caso de outra agressão a uma médica no Hospital de Setúbal.

Médica foi agredida por utente no Hospital de São Bernardo em Setúbal