Os treinos da equipa de futsal do Leixões Sport Club foram suspensos “por tempo indeterminado” depois de um grupo de 15 a 20 pessoas ter invadido os balneários do pavilhão da Biquinha, em Matosinhos, na noite de quinta-feira, avança o Jornal de Notícias. Os indivíduos agrediram dois atletas do Leixões e ameaçaram outro com uma arma.

Segundo o que o Comando Metropolitano do Porto avançou ao Observador o incidente ocorreu por volta das 22h no espaço de treino da equipa do Leixões, que tinha a porta aberta. O grupo começou por ofender verbalmente os atletas, tendo depois recorrido à violência física. A agência Lusa confirma que uma das vítimas teve de ser transportada para o Hospital Pedro Hispano, depois de ter sido agredida com socos e pontapés.

De acordo com o site Maisfutebol, um dos agredidos referiu que o incidente foi motivado pela “tomada de posse da equipa daquele pavilhão” que não disponibiliza “horários para os moradores do bairro”.

O presidente do Leixões Sport Club, Jorge Moreira, disse à Lusa que ainda está a tentar perceber o que terá estado na origem do incidente, embora acredite que o motivo do incidente possa estar relacionado não com a instituição Leixões, em si, mas sim por uma questão identitária do espaço, que os moradores do bairro consideram seu.

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“Não sei se está relacionado com isso, mas vamos tentar perceber o que é que se passou, pois nada justifica que tenham entrado num recinto desportivo a agredir os jogadores”, sustentou Jorge Moreira, acrescentando que nada fazia prever esta situação que considerou espontânea.

A equipa de futsal do Leixões treina no Pavilhão da Biquinha desde a época passada e, de acordo com o presidente do Leixões, “o ambiente nunca foi muito favorável, apesar de o clube ter alguns jogadores oriundos do bairro”.

O Pavilhão da Biquinha, para além de não ter condições estruturais, também não reúne as condições de mínimas de segurança e, obviamente, temos que pugnar sempre pela defesa dos nossos atletas e da instituição”, referiu o dirigente do clube do Mar.

“Ontem [quinta-feira] estive no local e acompanhei os atletas no hospital, mas não consegui escalpelizar bem o que se passou. Hoje vou inclusive tentar reunir com o presidente da comissão de moradores e do bairro social da Biquinha para tentar perceber o motivo”, referiu Jorge Moreira.