No final do jogo com o Gil Vicente para a Taça da Liga, entre o primeiro e o segundo golo que dariam a vitória ao Sporting em Barcelos, Marcos Acuña queixou-se de forma mais agressiva ao quarto árbitro de uma cotovelada de Alex Pinto num lance pelo ar, viu o segundo amarelo e foi expulso pela quarta vez desde que chegou a Alvalade. Na (curta) ida para os balneários, o argentino ainda atirou algumas “bocas” para o banco, visando o team manager Beto. No dia seguinte, no regresso aos treinos, ambos falaram e manifestaram os seus pontos de vista.

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O esquerdino frisou que se sentia uma espécie de alvo em campo de todos os adversários, que o “provocavam” de forma quase deliberada para que visse vermelho. O dirigente e antigo capitão compreendeu a mensagem mas terá dito também que o internacional teria de saber “lidar” melhor com essa condicionante. Tudo sanado, “bola para a frente”. E este clássico provou que o argentino vai aprendendo a passar ao lado desses ímpetos, como se viu num primeiro duelo com Uribe logo aos dois minutos e pelo facto de ter aguentado os 90 minutos como o melhor em campo tendo um amarelo desde o meio da primeira parte por falta sobre Otávio.

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Acuña marcou este domingo o primeiro golo num jogo grande desde que chegou a Portugal e jogando como lateral esquerdo, ao contrário do que fazia sobretudo com Jorge Jesus onde entrava como ala (posição preferencial que ocupava na Argentina). Com aquele que foi o segundo golo da temporada, o internacional sucedeu a Gabriel Heinze (1998) e Jonathan Silva (2014) na lista de defesas argentinos a marcar ao FC Porto – com o ponto negativo de nenhum ter contribuído para uma vitória dos leões, que empataram em 2014 e perderam os outros dois jogos.

Em paralelo, e além do golo, Acuña terminou o encontro com quatro desarmes, sete dos 12 cruzamentos tentados com sucesso, dois dribles e três passes para finalização que Luiz Phellype e sobretudo Vietto não conseguiram aproveitar da melhor forma no arranque da segunda parte. E se no final o esquerdino era a imagem da tristeza leonina, manifestando por palavras e gestos a sua frustração sozinho, houve outros de ânimos mais quentes.

Jesé Rodríguez, última opção de Silas para chegar ainda ao empate, não terá gostado das palavras ou gestos do colombiano Luis Díaz e tentou dirigir-se ao médio ofensivo dos azuis e brancos, travando-se depois de razões com Sérgio Oliveira. Pepe, que foi companheiro do avançado espanhol no Real Madrid, acabou por agarrar no jogador cedido ao Sporting pelo PSG e tirá-lo daquela zona, no momento de maior tensão após o final do encontro.