Augusto Santos Silva considera “inaceitável” que tenha existido uma “pretensa eleição” de Luis Parra como novo líder da Assembleia Nacional da Venezuela.

São declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros esta segunda-feira em que Augusto Santos Silva reiterou: “Para Portugal o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela é o deputado Juan Guaidó”.

Ministro dos Negócios Estrangeiros apelida de "pretensa eleição" a nomeação de Luis Parra como líder da Assembleia Nacional da Venezuela.

Já este domingo o Governo português disse estar a acompanhar com grande preocupação a situação na Venezuela, considerando “inadmissível” qualquer “pretensa eleição” realizada à margem da lei e das regras democráticas, numa alusão à escolha do novo presidente da Assembleia Nacional.

“Seguimos com grande preocupação os acontecimentos ocorridos hoje [domingo] na Venezuela”, refere o Ministério dos Negócios Estrangeiros na sua conta na rede social Twitter.

O parlamento venezuelano deveria eleger no domingo a sua nova junta diretiva, votação da qual deveria resultar a reeleição do deputado e principal opositor do Presidente Nicolás Maduro, Juan Guaidó, mas o deputado foi retido durante horas pela polícia e agredido à porta do parlamento, enquanto no interior, em plenário, os deputados apoiantes do chefe de Estado venezuelano, elegiam Luís Parra, com o apoio de uma minoria de parlamentares da oposição suspeitos de corrupção.

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Venezuela: Luis Parra eleito líder da Assembleia Nacional na ausência de Guaidó

“Qualquer pretensa eleição realizada à margem da lei e das regras democráticas é inadmissível e constitui um desrespeito à legitimidade da Assembleia Nacional e uma violação da vontade soberana do Povo venezuelano”, considerou o MNE.

O MNE português condenou ainda “veementemente” a violência “perpetrada pelas forças de segurança contra o legítimo Presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, e contra deputados da oposição, as quais impediram a eleição livre e democrática da nova Junta Diretiva da Assembleia Nacional”.

Venezuela. Juan Guaidó reeleito presidente do Parlamento em sessão paralela na sede de um jornal