O candidato à liderança do PSD Miguel Pinto Luz regozijou-se esta terça-feira com o voto contra à proposta de Orçamento do Estado anunciado por Rui Rio, mas criticou o “tempo que demorou” a avaliar um documento “tão negativo”.

“É com regozijo que hoje vejo que o PSD vai votar contra, mas também tenho de fazer uma análise crítica do tempo que demorou para avaliar um documento tão negativo para todos os portugueses”, afirmou Miguel Pinto Luz, que falava em Vila Real, à margem de um encontro com militantes do PSD.

O presidente e líder parlamentar do PSD, Rui Rio, anunciou que o partido votará contra a proposta de Orçamento do Estado para 2020 na generalidade.

“Naturalmente, a minha proposta é que PSD vote na generalidade contra o Orçamento do Estado”, anunciou Rui Rio, no encerramento das jornadas parlamentares de um dia que o PSD realizou na Assembleia da República, em Lisboa.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Oficial. PSD vai votar contra o Orçamento do Estado para 2020

A proposta de Orçamento do Estado para 2020 será votada na generalidade na sexta-feira — não tendo ainda viabilização garantida –, na véspera das eleições diretas para a liderança do PSD, que Rio disputa com o antigo líder parlamentar Luís Montenegro e o atual vice-presidente da Câmara de Cascais, Miguel Pinto Luz.

Antes tarde do que nunca (…). Eu já o disse no passado, a minha posição tinha sido outra, tinha sido mais célere. É um estilo de liderança que temos de respeitar, porque democraticamente foi eleito. Não será o meu estilo de liderança objetivamente”, salientou Miguel Pinto Luz.

O candidato a líder do PSD garantiu que, se for eleito presidente do partido, terá um “estilo de liderança muito mais transparente, muito mais direto”, e considerou que “estes hiatos de tempo que deixam tantas dúvidas aos portugueses não são positivos”.

Nestes últimos dias de campanha, Pinto Luz vai “realizar mais sessões, mais debates, mais encontros com militantes”, e lamentou que não se tenham realizado mais debates com os outros candidatos à liderança social-democrata.

Na sua opinião, esse debate “era necessário, era imperativo para o cabal esclarecimento dos militantes e simpatizantes do PSD e isso não aconteceu”.