O presidente do Movimento para a Democracia (MpD), Ulisses Correia e Silva, que é também primeiro-ministro cabo-verdiano, formalizou esta quarta-feira a sua recandidatura ao cargo à frente do partido no poder em Cabo Verde, devendo ser candidato único.

As assinaturas foram entregues ao presidente do Gabinete de Apoio ao Processo Eleitoral (GAPE) do MpD, Mário Fernandes, pelo mandatário nacional da candidatura, Fernando Elísio Freire, que é também ministro de Estado do atual Governo de Cabo Verde. Além das assinaturas dos militantes, que segundo os estatutos do partido são no mínimo 250 – Elísio Freire disse que foram conseguidas “milhares” – o mandatário entregou ainda a moção de estratégia de Ulisses Correia e Silva para as eleições internas de 09 de fevereiro.

Segundo o político, a moção de estratégia “Por um Cabo Verde positivo e desenvolvido” reforça os compromissos com o país e faz uma “alusão muito forte” a um Cabo Verde global, aberto ao mundo e resiliente.

Nas duas primeiras eleições, Correia e Silva concorreu sozinho e conseguiu 98% dos votos em 2013 (substituindo Carlos Veiga) e 99% em 2017 e o mandatário nacional disse que o objetivo é ter novamente a confiança dos cerca de 30 mil militantes e um “resultado muito forte e robusto”.

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Antigo presidente da Câmara da Praia, secretário de Estado das Finanças e depois ministro das Finanças, Ulisses Correia e Silva, de 57 anos, lidera o Governo cabo-verdiano desde 2016 e é presidente do MpD desde junho de 2013.

A formalização da candidatura a um novo mandato foi feita no dia em que terminou o prazo legal, sendo que Ulisses Correia e Silva é até ao momento o único candidato e Fernando Elísio Freire disse acreditar que será lista única.

“Neste momento, o MpD está mobilizado à volta da liderança de Ulisses Correia e Silva, portanto, acredito que será uma lista única”, reforçou, salientando que o processo foi transparente, aberto e todos os militantes tiveram oportunidade de se expressar.

O mandatário disse que a falta de concorrência interna é sinal que todos os militantes estão satisfeitos com a liderança de Correia e Silva, que “está a levar Cabo Verde para patamares de desenvolvimento muito consistentes e muitos fortes”.

“É o sentimento não só dentro dos militantes, mas dos cabo-verdianos, é melhor continuarmos com esta liderança do MpD, porque é a liderança que está a permitir a Cabo Verde mudança de atitude, novo comportamento, nova forma de se relacionar com o poder, permitir que as famílias tenham hoje mais educação, mais rendimento e permitir que o país cresça muito mais do que crescia há três anos”, justificou Fernando Elísio Freire.

Depois da eleição do presidente, o MpD vai realizar a sua XII convenção nacional, entre os dias 06 e 07 de março, para eleger os órgãos do partido.

Cabo Verde realiza este ano eleições autárquicas, no segundo semestre, e em 2021 legislativas e presidenciais.